segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Biografias

Gosto muito de biografias e como não há biografias de pessoas desconhecidas leio aquelas de pessoas famosas.
Não interessa o tempo nem o que fizeram; de algum modo, todos fizeram algo muito relevante e, por isso, são recordados. Claro que muitos não fizeram bem, há sempre um filho da mãe ou outro que chega ao poder e faz o que quer. Aliás, das várias que tenho, talvez o único bonzinho seja o Thomas More. 
Mas também gosto, mais ainda, das autobiografias. Fazem-me sempre rir e deixam-me sempre uma sensação de desconforto: como é que eles, sendo tão bons, tão capazes, tão sérios, não conseguiram executar os seus igualmente tão bons projectos, como é que não conseguiram implantar a sua tão boa visão das coisas e do mundo?
Enfim, mistérios.
A última que li foi a do Salazar, de Filipe de Meneses. Gostei mas estava à espera de melhor, de muito melhor. Por uma lado, depois de lida a do Franco Nogueira (mesmo que hagiográfica), qualquer outra parece incompleta; por outro, a expectativa à volta deste livro foi enorme.

Agora estou a ler a do Sá Carneiro, de Miguel Pinheiro. Estou a gostar imenso. Está bem escrita, claramente escrita, e é, até ver (ainda só cheguei ao 25 de Abril), realmente biográfica. No entanto, encontrei lá (p. 227) uma asneira que só pode ser fruto de distracção (não é caso para lapso). Escreve-se que em «Agosto de 1972 acabava o primeiro mandato de Américo Thomáz». Como é público, naquele mês terminava o seu segundo mandato (o primeiro de 1958 a 1965 e o segundo de 1965 a 1972).
Mas, tirando este erro, estou a gostar bastante do livro.
Está um neste grupo de que já falei e que, pura e simplesmente, não presta.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Neutralidade







Como é sabido, na 2.ª GG, Portugal manteve-se à margem do conflito bélico; assumiu, desde início, a situação de neutral.
Contudo, era aliado da Inglaterra o que implicava obrigações de algum vulto.
Acabou Portugal por, em cumprimento da aliança, beneficiar os Aliados (base dos Açores) e prejudicar o Eixo (a questão do volfrâmio). Foram muitas as dificuldades para conseguir a paz no País, coisa que uns queriam e outros não.
De qualquer forma, o que pretendo destacar foi a situação única, irrepetível, de um Estado, perante um conflito, assumir formalmente o estatuto de neutralidade e, não obstante, auxiliar um dos beligerantes. Isto, os analistas estão certos, nunca voltará a acontecer.
Mas o mais engraçado nesta política, ditada pela absoluta necessidade, é o facto de o próprio Salazar reconhecer a estranheza.
No seu discurso de 18 de Maio de 1945, tem, a seguir à referência expressa à neutralidade colaborante, a seguinte frase (et pour cause, em parêntesis):
«(Apresento o adjectivo como traduzindo a realidade seja qual for a dificuldade dos internacionalistas em proceder à classificação)».
Discursos e Notas Políticas, IV, 1943-1959, p. 105.

Por esquisito que pareça, acho muito bem um post sobre neutralidade colaborante no Natal.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O motor 1100

Na revista n.º 1100 (e por causa disso) da Auto-Hoje, desta semana, vem um artigo sobre os motores com a cilindrada de 1100cm3.
Era um motor barato, fiável, capaz de durar muito tempo.
Foi muito utilizado em montes de carros: Peugeot, Renault, Simca, Mini, etc..
Foi, durante muitos anos, o motor base destas marcas que era, depois, adaptado a vários modelos.
Mas na reportagem omitem um exemplar único:
Em 1978, a 4L aparece com um novo motor 1108 cm3, além de aparecer com um novo interior e uma nova sigla: GTL.
Posso dizer, porque sei bem do que falo, que era mesmo um motor bem fiável; aguentava velocidades estonteantes (120km/hora) em auto-estrada, aguentava altas rotações (chegar aos 80 em 2.ª ou aos 110 em 3.ª) e, claro, tinha uma grande potência: 34 cv!
Uma vez, na auto-estrada a norte de Aveiro, aproveitando uma descida grande, com uma curva suave, ao fundo, para a esquerda, cheguei aos 160km/hora. Mas foi pouco tempo porque me lembrei do que me poderia acontecer se me rebentasse, naquele instante, um pneu.

Enfim, aquilo era um carro não era um comboio.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Matrículas

GZ-54-09  PF-26-11   OL-70-95     IV-43-14    HX-52-76     33-DD-77    GI-95-00   38-83-CQ
 ER-73-98   UC-70-23, EN-15-30   etc., etc., etc.

Não sei porquê, tenho boa capacidade para fixar matrículas de carros.
Uns são ou foram meus; outros de amigos ou parentes, outros ainda de pessoas que nem conheço.
Vendo um carro várias vezes (não têm que ser muitas) na mesma rua ou nas proximidades, acabo por fixar a matrícula.
Isto não tem valor nenhum mas às vezes não deixa de ter a sua graça. Por exemplo, encontrar um carro com uma matrícula a seguir ou a antecedente a centenas de quilómetros do sítio estava o carro meu conhecido.
Decoro as matrículas de carros estranhos ou porque as vejo muitas vezes ou porque elas me dizem alguma coisa. Está uma aí em cima que fixei apenas porque se refere à Estrada Nacional n.º 15, e ao Km 30, que é onde fica Penafiel (e eu morei perto).
Enfim, nada de perigoso nisto, não ando a fazer uma base de dados para isto.
É só curioso.
A imagem foi retirada daqui, onde se descreve uma colecção de chapas de matrícula de vários países. Cheguei a ter algumas ainda em metal.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Antes do tempo

Já arranjei umas prendas de Natal para mim. Mas não tive paciência para esperar pelo dia certo.

Este é um livro sobre Ray Bradbury, autor de ficção científica; e é-o há cerca de 70 anos. O mais conhecido dele é capaz de ser Fahrenheit 451; foi posto em filme por Truffaut (aliás, um excelente filme). Este livro é engraçado porque tem muitas indicações sobre a vida do autor, bem como imensas capas de revistas onde os seus contos iam sendo publicados.
Um dos outros é o 300; não o filme mas a banda desenhada original. É de um autor muito bom, Frank Miller, de que tenho o Batman Returns e o Sin City.
É sempre impressionante ler alguma coisa deste homem.
Por fim, este é de um autor que não conhecia mas de que gostei bastante, Rick Veitch. Os desenhos são bons e, embora não tendo diálogos, tem um texto que acompanha, quase metaforicamente, a história. Pode-se ver aqui uma notícia sobre ele.

A verdadeira prenda de Natal ainda não a tenho; está comprada mas por esta tenho que esperar.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Visitas e placas

Todos os políticos adoram ir aos sítios e terem uma placa com o seu nome a fixar que eles lá foram.
Estas duas estão no castelo de Algoso, concelho de Vimioso. É um sítio bem bonito, alto, escarpado, um pouco assustador.
Este castelo fazia parte de uma linha de comunicação para Outeiro e, depois, Bragança.
Mas isto não interessa; uma das placas é esta:
A outra placa documenta a visita de mais um político, por acaso, inimigo do outro; mas que interessa desde que todos tenham a sua placa?
O engraçado disto é, como se pode perceber, que as duas placas estão juntas uma à outra, como se cada um disse ao outro: «Eu estive aqui!».
É claro que ir a Algoso não é só ver isto; é ver tudo o mais.
Mas, para já, chega.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Empreitada

Decidi ler os livros dos Cinco de corrida. Mas, à boa maneira portuguesa (como é normal nas empreitadas), não corre tudo como planeado.
A ideia era ler por ordem mas descobri que me desapareceram, momentaneamente, os livros 1 e 5 (e deste gosto muito); ou seja, para já, não vou lê-los todos de seguida. Eles desapareceram da minha vista mas estão em casa... algures.
Mas já cheguei ao 10, o que tem a capa acima. É dos melhores da colecção.
Infelizmente, não tenho a colecção original, a da ENP. Tenho uma outra, da Abril, publicada em 2000. Os textos são quase absolutamente iguais, tirando alguns modernismos, tirando algumas actualizações. Os desenhos também são outros e, parece-me, não tão expressivos quanto os da primeira edição.
Enfim, são mudanças e não grandes defeitos.
O 18 é também um dos melhores.
Já descobri que não consigo lê-los com a velocidade que pensava que iria ter; afinal, os livros não são tão pequenos e temos que parar antes de chegar à aventura!

Como disse, só tenho os livros de 2000; as fotografias não são minhas mas sim deste blog que, entretanto, está em pausa.

domingo, 7 de novembro de 2010

Um livro e um poster

Recebi há dias o livro, acompanhado do poster, de Abel Rosa, um dos autores do blog Beatles Forever, de que já aqui falei (tenho uma t-shirt deles, aliás).
O livro é bastante interessante para quem gosta do tema. 
Trata de todos os EP's e singles dos Beatles que foram publicados em Portugal
Tem fotografias das capas, das contracapas, etiquetas e variações destes itens.
Na fotografia de cima, estão o livro e o poster, bem como a sua caixa. Está também um EP que me foi oferecido e que está no livro, na p. 27. O meu é o de capa azulada.
De acordo com o que lá consta, este EP vale ouro! Ainda bem.
Comprei dois livros, um para mim e outro para a Rita. Simpaticamente, vieram ambos autografados.
Pode ser que também venham a valer ouro daqui a uns anos.
Ainda estou à espera de conseguir encontrar um outro EP deles que tenho algures.

sábado, 23 de outubro de 2010

António Ferro e Salazar



Já tinha ouvido falar muito deste livro que tem cinco entrevistas de António Ferro a Salazar e que foram feitas em 1932.
O prefácio é do próprio entrevistado e é aqui que está a famosa auto-descrição do ditador: «Este homem que é governo, não queria ser governo. Foi deputado; assistiu a uma única sessão e nunca mais voltou. Foi ministro; demorou-se cinco dias e não queria mais voltar. O governo foi-lhe dado, não o conquistou, ao menos à maneira clássica e bem nossa conhecida (...) Tem todo o ar de lhe ser indiferente estar ou ir; em todo o caso, está. Está e há tanto tempo e tão tranquilamente como se ameaçasse nunca mais deixar de estar» (pp. XIV-XV).
É um livro interessante porque é um documento contemporâneo, porque é mesmo daquela época. Claro que é um panegírico mas até isso tem graça.
Tem cinco fotografias; publiquei esta porque não a conhecia.
Além das entrevistas, tem a história delas, antes e depois (refiro-me às revisões que Salazar fez das provas para a publicação em livro).
É da Empresa Nacional de Publicidade e foi composto e impresso em 1933.
Comprei aqui (qualquer dia tenho que ir lá vasculhar aquilo tudo).

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Referências

É sabido que a banda desenhada várias vezes tem referências cruzadas; remetem para outros livros, para outros personagens de outros autores, este tipo de coisa.
Também é sabido que Edgar Pierre Jacobs foi algumas vezes interveniente em pranchas do Tintin.
O engraçado é quase a inversa e digo «quase» porque isto é depois da morte de Jacobs.
Acontece no livro A Conspiração Voronov, de Ives Sente e Andre Juillard, baseado nas personagens daquele autor.
Se o restaurante não se chama Klow é alguma coisa parecida com isso.
Em todo o caso, o que interessa é o empregado (ou dono) do restaurante. Ao ler este livro, lembrei-me logo de O Ceptro de Ottokar, do Hergé onde, na prancha 7 está esta imagem:
Custa-me a crer que isto seja uma coincidência, tal a semelhança dos desenhos.
De qualquer das formas está engraçado.

Ainda em A Conspiração Voronov (que se passa durante o ano de 1957) está outra referência, desta vez histórica, a um acontecimento que se veio a revelar, anos volvidos, de alguma importância.
Mas este ficará para depois.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

BD variada





Este nicho tem uma mistura de livros de BD. Não está muito arrumado nem isso me interessa.
Estão lá alguns de Blake e Mortimer, do Valerian e outros a esmo. Também estão alguns livros do Quino depois da Mafalda. Destes não tenho a colecção que quero e tenho impressão que dificilmente a vou conseguir.
Mas adiante.
Este é um livro bem bom sobre Jacobs. Comprei-o há uns anos e gosto imenso de o ler e o ver (tem desenhos fantásticos). Trata, como o título indica, do mundo daquele autor de BD, desde o início.
Tem um mapa do mundo com a localização das diversas aventuras; Portugal está lá representado
pelos Açores (O Enigma da Atlântida).
Um outro livro muito interessante é este:
Trata de Júlio Verne, claro.
Percorre o mundo todo dele, aquele séc. XIX cheio de prodígios, as descobertas da ciência, da técnica.
Mas é ainda uma sua biografia, contada ao longo da exposição sobre os seus livros.
Também tem um mapa do mundo com os locais das aventuras. No entanto, há lá um que não aparece e que é de um dos seus melhores livros, a meu ver. Refiro-me a A Esfinge dos Gelos, uma tentativa de continuação de As Viagens Extraordinárias de Arthur Gordon Pym.



Os bonecos que estão à vista não têm nada, como é óbvio, que ver com os livros. Foram-me oferecidos quando me vim embora das Caldas.

domingo, 26 de setembro de 2010

Uma T-shirt dos Beatles



Tenho esta t-shirt há uns dias.
Comprei-a num leilão que se fez no blog Take us to Bruges. Um casal quer ir para esta cidade e está a vender as suas coisas para poder ir para lá e lá viver.
Francamente, estou-me nas tintas para o destino que derem ao dinheiro com a venda das suas coisas. Podem ir para Bruges, podem ir para Lanhelas, podem ir para o inferno. É problema deles e eu não tenho nada que me meter nisso.
Mas, quando soube, fiquei logo com interesse na coisa, quero dizer, nesta t-shirt.
Não sou com certeza o Beatlemaniac n.º 1 mas ando lá perto.
A t-shirt é gira; não sei se é uma tara mas mas gosto bastante dela.
E tem uma coisa bem engraçada que é o endereço de um blog sobre Beatles que leio há bastante tempo.
Não quero falar da inveja que às vezes sinto ao lê-lo. Geralmente não sou invejoso e sei que não posso ter tudo o que gostaria de ter. Mas olhando para aquilo, cresce água na boca!
Adiante.
Licitei a t-shirt, ofereci um preço que foi o mais alto dentro das demais ofertas. Paguei-a, recebi-a e, por isso, ela agora é minha.
Acho que foi uma boa compra.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Salazar prosador



Comprei recentemente, aqui, a colecção completa dos discursos do Salazar. São os livros que estão aí em cima.
Está um repetido por uma circunstância puramente acidental. Já tinha o 1.º volume (da tiragem especial de 500 exemplares numerados e rubricados pelo autor, o n.º 443) mas a compra dos restantes, incluindo o mesmo 1.º volume (n.º 378 da mesma tiragem), foi aliciante.
Agora tenho a colecção completa com um livro repetido; não faz mal que eu sei a quem o oferecer por alturas do Natal.
Admiro muito o Salazar como pessoa muito inteligente, atento, previdente, forte e conhecedor dos portugueses.
Não sou salazarista, não sou do tempo dele, mas tenho que admitir que não é fácil estar 40 anos no poder sem aquelas qualidades.
Mas ele tem outra melhor.
É, sem dúvida, o prosador político do séc. XX português.

Estes livros demonstram muito bem isso. Só o prefácio ao 1.º vol. lhe serviria para o definir como o mestre do discurso; sem dotes de oratória, sem gestos, sem espectáculo. Os restantes livros confirmam.
Cada discurso tem cabeça, tronco e membros. Ele define os temas e, depois, discorre sobre eles.
E discorre com clareza, com frases próprias das suas leituras (António Vieira e Manual Bernardes), com frases cheias, completas em que, muitas vezes, é a parte final que lhes dá o seu especial sentido ou conclusão.
Não sou da área da Literatura, não tenho as ferramentas próprias da análise literária, do domínio das figuras de estilo, etc.. Mas sei ler e sei pensar o que leio, compreendo o texto à minha frente.
O Salazar político, mesmo dando de barato que não se pode distinguir o prosador do político, é coisa que me fascina mas que, neste instante não me interessa.
Vou ler a recente biografia dele e, só depois, darei uma opinião.
Mas, e é este o ponto do escrito, melhor prosador de Estado que ele, não existe.
É confrangedora a pobreza intelectual dos discursos actuais, é confrangedora a falta de sobriedade, a falta de estilo, a falta de conteúdo.
Não é de admirar muito; hoje, os políticos não discursam, dão entrevistas em cima do acontecimento e não pensam no que dizem.
Não têm oportunidade.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Bacalhau à não sei quê




I- Base
1. Uma cebola por pessoa.
2. Pimentão vermelho às tiras.
3. Alho (3 ou 4 dentes).
4. Louro.
5. Óleo (25%) e azeite (75%); vinagre (0.5l).

Tudo isto num tabuleiro onde, depois de frito, se coloca o

II- Bacalhau
Postas de Ribeiralves ou Pascoal
1. Descansar 8h a 12h no frigorífico (sem nada).
2. Embeber em leite e pimenta cerca de 1h.
3. Enxugar.
4. Cortar os lombos de modo a ficarem só abertos (não separados).
5. Enrolar em farinha de trigo.
6. Logo a seguir enrolar em ovo.
7. Fritar em óleo quente.
8. Maionese a cobrir as postas.

III-Preparo
1. Com o tabuleiro pronto (I), assentar as postas.
2. Cobrir tudo de maionese.

IV- Remate
Vai, o tabuleiro, ao forno só para gratinar a maionese.

A receita é do meu amigo Braga que, por feliz coincidência, mora em Braga.

domingo, 5 de setembro de 2010

Murtal

O Murtal é um lugarejo da freguesia da Parede, concelho de Cascais.
Vivi aqui 10 anos.
A casa onde morava está algures na fotografia acima.
Quase todos os anos passo lá, para ver a casa, o quarteirão, ver as diferença que, como é natural, são cada vez maiores; não sei se são mais bonitas ou mais feias mas elas existem
Aqui, além da cervejaria do Sr. Chico (que se chama ou chamava, muito apropriadamente, A Pérola do Murtal), existe um restaurante onde vou muitas vezes, a Casa dos Arcos.
Não há muito para ver no Murtal, mas eu gosto de lá passar.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

White Mansions



Há uns tempos que andava com uns sons na minha cabeça sem os conseguir definir ou identificar. O tempo foi passando e os sons continuavam.
A certa altura, comecei a lembrar-me deles e comecei a lembrar-me de onde eles eram exactamente; eram do LP White Mansions, de 1978.
Para mim, foi uma alegria a minha memória, isto é, ao de fim de algum tempo, saber o que tinha em mente.
E as músicas vinham surgindo.
Fui ao meu armário e encontrei o que queria, quero dizer, estava certo a respeito da minha pouca memória musical.
Uma das músicas que mais gosto é a do final da Guerra Civil, a respeito da investida do General Sherman até Savannah.
Foi uma guerra extremamente dura, como qualquer guerra civil (não nos podemos esquecer da espanhola, no século passado).
A letra é esta (como estão as restantes):


they laid waste to our land, they took it from our hand
from Atlanta to Savannah, they scorched our earth
they stole our corn and wheat, they left no food to eat
they slaughtered all the cattle, took the things of worth
well, we got women and children too
just the same as you
ain't it enough just to know that you got us beat
the hatred will never cease, even now that there's peace
the feelings will run as deep as the scars we bear
this ain't cloth we wear it's a rag, we're at the mercy of the carpetbag
what you call justice is plain unfair
how the hell can you ever claim
it's bin worth all of the pain
just to have us live together under one flag
they laid waste to our land, they took it from our hand

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mais um

Mais um puzzle dos Beatles. Foi-me oferecido há dias e, mal pude, comecei a montá-lo.
As capas dos discos (com três excepções) e a maçã seriam fáceis, claro. Numa manhã ficaram quase completos.
Os LP's With the Beatles, Rubber Soul e Album Branco eram os mais difíceis mas acabei por os montar.
O pior mesmo foram as fotografias dos artistas.
Estava quase a desanimar e, ainda por cima, a ficar furioso. Eu vencido por um puzzle? E logo um puzzle dos Beatles?!
Nem pensar.
Ao fim de mais uns dias, lá o acabei.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Extremos

De ponta...
... a ponta
passando pelo centro

domingo, 1 de agosto de 2010

O quarto de uma jovem



A Rita tem 14 anos e é, muito surpreendentemente, fanática pelos Beatles. Digo isto, claro, por não ser normal uma pessoa desta idade conhecer e gostar tanto deles.
Esta fotografia é do quarto dela que está todo forrado com temas sobre os Beatles. Tem uns discos antigos (o LP Meet The Beatles é a edição original americana de 1964), fotos e desenhos que ela própria desenhou.
Ficou uma vez invejosa só porque viu que eu tenho uma t-shirt com a capa do Abbey Road e outra com a capa do Let It Be!
Felizmente, são muito grandes e não lhe servem.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Férias

Todo o peru tem o seu Natal; e eu também tenho as minhas férias.
Embora não vá de caravela, vou para sítios por onde elas passaram.
Já não há pimenta, cominhos ou ouro nestes barcos; mas há a chegada ao destino.
Por agora, é isso mesmo que eu quero.

sábado, 10 de julho de 2010

Caldas da Rainha



Morei aqui um ano e não tive vontade nenhuma de vir para cá.
Mas a má impressão desfez-se depressa.
Trata-se de uma cidade pequena (como eu gosto) e que está perto de muitas outras terras, é muito central.
Num instante se chegava a Aveiro, Lisboa, Tomar, etc.. O pior era, na altura, sair das Caldas; é que não havia uma estrada de jeito, era tudo esburacado, tudo estragado.
Agora está bem melhor; estive lá dois dias há uns anos e gostei bastante.
É uma cidade bem agradável.
Os arredores também eram bonitos. Embora conheça lagoas mais bonitas, o certo é que a Lagoa de Óbidos é engraçada (é daí a foto acima).
Também a própria vila de Óbidos, claro que vale uma boa visita.
A Nazaré também vale a pena ver e, claro Alcobaça, com o seu Mosteiro e com a melhor pastelaria de Portugal, a Alcôa.
Embora não goste de doces, da última vez que lá passei não pude resistir.
Fartei-me de andar por ali, pelo Oeste.
Não fiquei com rancor.

sábado, 26 de junho de 2010

Viriato e o séc. XXI



Desde Setembro último, tem sido muito utilizada, na bloga nacional, a expressão «Roma não paga a traidores». Isto a propósito de Carlos Santos que, depois de colaborar com afinco nos blogues A Regra do Jogo e Simplex, bem como no seu próprio O valor das Ideias (este, desaparecido), todos de apoio ao PS e ao PM, se ter passado para o Corta-Fitas onde passou a defender a direita, a Igreja, a tradição, etc..
Como se não bastasse a mudança de opiniões, ou a conversão, passou a denunciar tudo e todos que lhe pareceram podres naqueles blogues (pode-se ver aqui um resumo e uma opinião).
É claro que foi alvo de fúrias e de troças (uma ou outra com graça).
Isto interessa muito pouco, até porque o último episódio desta temporada já foi transmitido.
Aliás, isto não interessa nada mas tem a curiosidade de estar relacionado com Viriato; é que a referida expressão diz respeito à sua morte.
Depois de os traidores Audax, Ditalcus and Minurus terem assassinado Viriato, a soldo de Marcus Popillius Lenas, o general Servillius Cipianus recusou a recompensa com o argumento, precisamente, que Roma não paga a traidores que mataram o seu chefe.
Enfim, tudo como dantes.

O quadro é de Jose de Madrazo

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Curso de fotografia






Depois de ter máquina fotográfica durante vinte anos, decidi meter-me num curso para aprender alguma coisa de jeito.
A minha primeira máquina era toda automática o que para mim era muito bom por razões óbvias.
Eu nem sequer precisava de enrolar o rolo; ela fazia isso logo depois da fotografia tirada.
Mas era uma excelente máquina e as fotografias que tenho colocado aqui são quase todas com ela.
Há coisa de ano e meio, decidi-me a comprar uma Nikon D-60 (já foi substituída por outro modelo, a D3000).

Tenho utilizado sempre o modo automático mas agora não.
Fiz este curso que me motivou bastante para fazer alguma coisa de jeito. O formador é muito bom, para mim, que nem o básico sabia, demasiado bom.
Claro que ainda não domino técnica nenhuma mas, pelo menos, já sei onde procurar.
Fiquei a conhecer a máquina, fiquei a saber usá-la, etc..
Agora, tenho é de treinar bem e comprar um livro, não muito complexo, sobre o assunto.
Já percebi que o manual da máquina só explica a máquina, não ensina a tirar fotografias.
Enfim, mesmo que um pouco desactualizado, é este o bicho:

domingo, 13 de junho de 2010

Os livros do Tintin



Este é o nicho que tem a colecção do Tintin e mais alguns livros sobre ele.
Levei uns anos a fazer esta colecção, os livros iam saindo muito lentamente e eu estava sempre com medo (fútil, claro) de perder algum.
Além de um livro muito engraçado sobre os nomes que aparecem em toda a obra, comprei recentemente um sobre ele e as suas viagens; foi com este livro que vieram os bonecos que se podem ver.

A biografia do Hergé está noutra prateleira, ao pé de outras.