domingo, 17 de julho de 2011

«O Historiador»

É o nome de um livro, de Elizabeth Kostova, sobre Drácula.
Passa-se em três tempos diferentes: 1930, 1954 e 1972 e em vários locais: EUA, Pirenéus, Bulgária, Hungria, Turquia.
É um livro que se começa a ler e só se para quando o cansaço chega pois é bastante interessante. Não se trata de uma qualquer história vulgar de vampiros mas se uma coisa bem diferente: trata-se do próprio Drácula, o Empalador, que governou a Valáquia no séc. XV.
Trata também, e claro, da história da sua morte em 1972; dito de outra forma, o livro descreve a perseguição ao monstro.
Tudo isto é contado de uma maneira surpreendente, intrigante. A imagem acima existe no objecto mais perturbador de todo o romance: um livro que apenas contém aquele desenho.
Querem fazer um filme com base neste livro mas parece que as coisas não estão nada fáceis.
Vamos esperar mais um pouco.

sábado, 9 de julho de 2011

Crise



Todos falam da crise financeira como se fosse uma coisa de que todos pudéssemos sair ilesos.
É mentira, claro, não se pode ultrapassar esta crise sem grandes vítimas, infelizmente, os mais pobres.
A esquerda está convencida que tudo se pode fazer com o dinheiro dos outros.
Mas quem tem a responsabilidade do mundo, mesmo que do seu pequeno mundo,  sabe mais.
No seu primeiro discurso político, perante a tropa claro (may the force be with you!), Salazar é bem claro.
É esta a parte final do seu discurso:

«Mas não tenhamos ilusões: as reduções de serviços e despesas importam restrições na vida privada, sofrimentos, portanto. Teremos de sofrer em vencimentos deminuídos, em aumentos de impostos, em carestia de vida. Sacrifícios e grandes temos já feito até hoje, e infelizmente perdidos para a nossa salvação; façâmo-los com finalidade definida, integrados em plano de conjunto, e serão sacrifícios salutares.
«É a ascensão dolorosa dum calvário. Repito; é a ascensão dolorosa dum calvário. No cimo podem morrer os homens, mas redimem-se as pátrias!»

Discursos, I, 1928-193, p. 18