sábado, 17 de agosto de 2013

Pôr do Sol

É no fim do dia que as coisas ganham cores.
O reflexo da luz agonizante dá sempre tons especiais.
Neste caso, a rocha está totalmente virada para poente e os raios de sol incidem directamente sobre ela.
Embora só um minuto separe as duas fotografias (uma foi às 21h07m e a outra às 21h06m), é bastante nítida a diferença entre ambas.

Claro que do lado do ocaso, a paisagem era bem melhor.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

W. L. Shirer

Este é o nome de um autor que escreveu sobre a 2.ª Guerra Mundial.
Não foi, no sentido exacto do termo, um historiador. É um observador atento que sabe escrever o que viu.
Além disto, também sabe consultar documentos (milhares) e, com base neles, escrever uma história.
William L. Shirer foi o autor do livro Ascensão e Queda do III Reich, publicado em 1960.

Tive a sorte de encontrar, numa feira de rua, uma edição brasileira completa deste livro, em três volumes.
Parece que ele não teve muito acolhimento da academia porque era jornalista e não historiador. Mas o público, talvez mais cuidadoso e interessado, não pensou da mesma maneira e o livro vendeu-se como água.
Ainda bem para o autor.

E ainda bem para o leitor.
O livro é francamente bom, lê-se muito facilmente e não deixa de ser denso, tal como o assunto de que trata.
E o facto de ser jornalista até ajuda porque o autor esteve lá; esteve em Viena quando se deu o Anslucsh; foi para Berlim de seguida e lá esteve até Dezembro de 1940. Assistiu a vários discursos do Hitler bem como a diversos comícios do Partido.
Apercebeu-se de muita coisa.
Ao longo do livro, embora por poucas vezes, ele revela essa qualidade de presente, de ter estado lá. Faz comentários próprios de quem viu, relata as suas emoções perante o que viu.
Continua a ser, mesmo depois da biografia do Hitler de Kershaw, um livro fundamental para o conhecimento e compreensão desta tão curta época.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Escher

M. C. Escher é um dos artistas cujas obras nos espantam sempre. 
São desenhos de realidade irreal, de construções que não estão bem certas e que, ainda assim, nos parecem completamente certas.
Escadas que sobem e descem no mesmo plano, água que sobe canais para voltar a descer e, surpreendentemente, voltar a subir pelo mesmo caminho.
Comprei este livro há bastantes anos; é escrito pelo próprio desenhador e nele descreve alguns dos seus mais famosos trabalhos. São 76 desenhos a respeito dos quais ele explica qualquer coisa: o que queria, o que representam, o que significam.
Os seus trabalhos mais famosos são a casa das escadas e a relatividade.
Tudo isto é confuso, não joga bem, é incongruente. No entanto, ele explica bem:
"Quase toda a metade superior da estampa é a imagem reflectida da metade inferior. A esquerda superior, onde um bicho-rolapé desce da esquerda para a direita, reflecte-se duas vezes: no meio e no lado inferior. Na escada, no canto superior direito, neutraliza-se a oposição entre subida e descida: duas fileiras de bichos avançam lado a lado; contudo, uma sobe, enquanto a outra desce".

O outro desenho é diferente mas a lógica muito relativa é a mesma:

"Três planos de gravitação agem aqui verticalmente uns sobre os outros".
"Dois habitantes de mundos diferentes não podem andar, sentar-se ou ficar de pé no mesmo solo, pois a sua concepção de horizontal e vertical não se conjuga. Eles podem, contudo, usar a mesma escada".

Claro que isto pode levar a comparações, as que quisermos. Vivemos todos juntos e, mesmo assim, não estamos no mesmo plano?

Não interessa.

O que tem graça é o aproveitamento (também inteligente e artístico) que se faz de Escher:
Este é um desenho de Robert Leighton, publicado aqui

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Prova de vinhos

Fui outro dia a uma prova de vinhos da Ervideira, cuja quinta fica no concelho de Reguengos de Monsaraz.
Não estou habituado a estas coisas mas gostei bastante.
Os vinhos foram: espumante, branco, tinto e rosé.
O branco era fabuloso e, pasme-se, feito de uva preta!
Coisas que uma pessoas aprende.
A comida que acompanhou as bebidas era a chamada comida de autor. Estava boa mas às vezes é mais a apresentação que o resto.
Por isso fiquei contente por saber que vai haver um outra prova de vinhos do mesmo produtor num restaurante que eu conheço e de que gosto.
Trata-se do restaurante Dom Joaquim, em Évora.
Vai ter mais dois tipos de vinho e a comida será alentejana.
Mesmo que também aqui a cozinha possa ser, neste evento, demasiado sofisticada, o certo é que eu espero que os sabores estejam todos lá.

sábado, 30 de março de 2013

Hora de Verão

Vai mudar a hora, ou seja, muito simplesmente, adiantar o relógio uma hora.
Isto significa que o dia vai ter mais luz, pelo ponto de vista do relógio.
Não sei, e muita gente não sabe, se isto é bom ou não para a economia, sendo que este é um dos pretextos para esta mudança.
O que eu sei é que é muito bom para a saúde, desde logo para a minha.
Chegar ao final de Outubro e o dia, a luz do dia acabar de repente às 17h é mau de mais para qualquer espírito que goste das coisas claras.
Temos que esperar dois meses para acompanhar o ditado: Janeiro fora, cresce uma hora.
Mas todo o ciclo tem a sua volta e agora preparamo-nos para um de luz, o do Verão.
Ainda bem!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Promessa cumprida

Todos sabem que os políticos, em eleições, não cumprem as promessas que fazem. Mas a verdade é que não deixam de as fazer.
Desde as mais mirabolantes até às mais plausíveis; tudo o que for preciso para ganhar o voto, tudo para garantir que o seu governo será muito melhor que o anterior.
É claro que isto implica  a mentira no seu melhor e todos nós só tínhamos que saber o que se vai passar a seguir.
A promessa básica, obrigatória, é a de baixar os impostos ou, pelo menos, não os aumentar. Esta é a típica, aquela por que todas as pessoas esperam.
No entanto, e isto vem a propósito da notícia de um novo comentador político, houve um que fez uma promessa e a cumpriu.

Tanto a cumpriu que se foi embora para outro lado.
Agora volta nas vestes de ex-politico, como se nem sequer tivesse sido governante, para comentar o que se passa com a sua visão de pessoa (experiente) que esteve por dentro dos assuntos da colectividade.


sexta-feira, 8 de março de 2013

Faces


É o nome de um album de Shawn Philips, datado de 1972.
Recordo-me de o ter por casa (nem sei de quem era) e de o ouvir regularmente.
Não é um disco muito conhecido; estou certo até que se perguntar a 100 pessoas, nenhuma delas o conhecerá.
Mas é um muito bom trabalho.
A minha favorita é a primeira música, Landscape; tem um poema engraçado e toda ela é um crescendo de sons. Começa muito calma e simplesmente e depois vai evoluindo para algo mais forte, mais agressivo.
Vale a pena ouvi-la:
Espero que gostem.

A letra é esta:
Level upon level of wash and stone
Cab drivers yelling that each one, each one's alone
A forced-up smile when casting your eyes
Insanity reigns on streets of no size
High crumbling walls of stones that have seen
The rigors of war and have never been cleaned
A modern pay turnpike in midst of it all
While an old woman works in a garden with trowel
Trees are just blooming, I've come just in time
Purple spring flowers in rebirth pantomime
A miniature red castle in black craggy pass
Jig-saw puzzle houses the resultants of mass
The top of a mountain cut off by the mist
And a white serene temple in space does exist
The lemon trees, oranges, and cactus alike
The growth of a vineyard with grapes not yet ripe
A truck is forced off as big as a house
While dawdling along like a little green mouse
A long sweeping view expounds my belief
And clear restless water with an absence of reef
Evolutions and cycles we come face to face
While foliage drifts in green filmy lace
Now rough and then coarse soon velvet to touch
Octagonal mosaic on a church that is such
And columns of clouds go boiling across
The mountains that stop them and suffer no loss
Head reeling cliffs that fall down to sea
While people are sleeping they hang peacefully
But the trucks rolling blindly are waking them up
To talk quietly murmuring over the morning's first cup
Arches and steps are seen everywhere
Manmade and Godmade and one made of air
The essence of time is virtually gone
Day goes and night comes, I breathe up my lawn
Buona sera, buona sera is a faithful reply
From any stranger you pass who catches your eye
And pinpoints of brilliance, some moving, some still
Are caught in the glass of my window sill
The pinpoints I mentioned I don't speak of stars
But then, think again, it's funny they are
Stars made by man who himself is a star
If only he'd realize the powers that are
And all he's got to do is lay down and play dead
And now looky here Vesuvius looms overhead

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Bom livro

Só há dias comecei a ler este livro.
Tanto quanto me apercebi, ele não foi bem-vindo de tal ordem que a edição esgotou no dia da apresentação. Dizem as velhas que o mais interessado em que o não lessem foi quem o comprou todo.
Não sei nem isso é do meu interesse.
Existe uma versão na internet, aliás, uma cópia na internet onde ele pode ser lido. 
Eu, infelizmente, prefiro o papel.
Vou a meio do livro o que quer dizer que ainda não cheguei à parte de Macau e da Emadio. Vou começar a leitura do capítulo VII.
Até já gostei de ler embora o autor use constantemente o futuro condicional em vez do presente ou do pretérito. Ele não escreve "Fulano disse" mas sim, para significar o mesmo, "Fulano diria". Até se apanhar este jeito de linguagem, estranha-se; mas depois, como tudo, siga a marinha.
Quanto ao conteúdo, é política pura e simples. 
A política e o dinheiro (nada disto tendo que ver com trabalho) sempre se deram bem; não podemos é perguntar pelas respectivas famílias.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Guerra das Maçãs

É sabido que em Inglaterra, no séc. XV, aconteceu uma disputa pelo trono do reino entre as casas de Lancaster e de York.
Por causa dos respectivos símbolos heráldicos, ficou conhecida como a Guerra das Rosas.
Se existiu uma coisa destas, porque não havia de existir uma Guerra das Maçãs?
Pois ela existe:
É capaz de não ser uma guerra muito sangrenta mas deve ser cara.
Os adversários são a Apple Computer e a Apple Corps.
Pode ver-se um resumo destas batalhas aqui; como é mesmo muito resumido, é melhor seguir alguns dos links que lá estão indicados.

Como é óbvio, eu não tenho nada que ver com este assunto mas sou partidário dos dois lados.
Primeiro, sou fanático pelos Beatles; depois, tenho um MacBook de há uns tempos para cá.
Claro que não quero disputas e por isso decidi fazer isto:
Os autocolantes da Apple Corps são do primeiro e do último single dos Beatles na sua marca (Hey Jude e Let It Be).
Acho que assim há um bocadinho de paz.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Os meus puzzles

Trata-se de um passatempo que me fascina de há vários anos para cá.
Vou-os comprando de tempos em tempos. Monto-os, desfaço-os e volto a montá-los quando me apetece.

Tenho os puzzles mais ou menos arrumados numas estantes metálicas, uns por cima dos outros junto com outras coisas que por vezes nem sei o que lá estão a fazer.
Devo ter cerca de 30 puzzles, desde as 500 peças (só um) até 5.000 (vários). Acho que a melhor medida é os 3.000. Não são muito grandes e dão luta bastante.


Tenho um com o Jardim das Delícias, de Hieronymus Bosch. Difícil de fazer como o diabo, principalmente por causa da barra inferior e da assinatura. Mas, claro, é fascinante. Tal como é o Recenseamento de Belém, de Bruegel, o Velho.
De mapas, então, devo ter meia dúzia. Gosto de quaisquer mapas mas os antigos são os mais engraçados.
Neste Natal ofereceram-me um de Paris:
Muito bonito mas estupidamente chato de fazer. Este puzzle tem 3.000 peças o que não é nada bom para aquele céu nem para a torre de alta tensão (como ouvi chamar num programa inglês) que os franceses têm lá.
Há-de fazer como os outros: com paciência, melhor dizendo, com muita paciência.
É claro que enquanto o estiver a fazer, hei-de rogar pragas constantemente a quem mo deu.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A finar-se

Na próxima 6.ª-feira fará 19 anos que comprei uma aparelhagem boa.
Tinha uma que não era nenhum topo de gama, pelo contrário. Mas serviu durante um anos até surgir aquela que eu queria.
Trata-se de uma Sony LBT-D709CD:
Era um portento!
Tinha leitor de CD, radio, pré-amplificador e amplificador, bem como um duplo deck de cassettes.
Fartou-se de trabalhar ao longo destes anos e sempre bem.
Mas ultimamente parece que quer ir embora. Outro dia pus um CD e ela estava sempre a mudar do leitor para o radio, o que significa que alguma coisa está mal.
Um dos decks de cassettes também já está partido.
Também é verdade que já não a uso muito por falta de tempo e por demasiada digitalização. O progresso, como é sabido, não traz só vantagens.
Não a consigo vender (se calhar também não quero muito) porque não tenho quem a compre.

Nesta foto acima, que foi tirada daqui, pode ver-se melhor a aparelhagem e apreciar a sua beleza.
É porque era mesmo um modelo bem bonito.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Dia de Amigos

Hoje é dia de amigos e não estou lá.
Paciência.
Já o ano passado não estive.
Fica para o ano.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Genial


Não gosto de música clássica.
Não fui educado nela, não tenho o hábito de a ouvir e nem sequer gosto.
Mas uma vez comprei a 9.ª Sinfonia de Beethoven e apenas porque sempre tinha lido que era o melhor trabalho musical de sempre e de todos os estilos.
Além disso, e confirmando essas leituras, soube que o CD, quando foi inventado, também foi pensado para ter uma capacidade suficiente onde coubesse a 9.ª sinfonia.
Isto não é feito por acaso, é o reconhecimento expresso da importância da peça.
Mas lá comprei o disco.
Claro que fiquei fascinado; mas mais que isso, fiquei foi cilindrado pelo segundo movimento, molto vivace.
É de uma pessoa se encostar à parede!
Nunca ouvi nada tão genial, nada que tão bem merecesse os encómios que lhe atribuem.





Mas, tirando isto, continuo a não gostar de música clássica; prefiro os clássicos (Beatles, etc.).