sábado, 26 de junho de 2010

Viriato e o séc. XXI



Desde Setembro último, tem sido muito utilizada, na bloga nacional, a expressão «Roma não paga a traidores». Isto a propósito de Carlos Santos que, depois de colaborar com afinco nos blogues A Regra do Jogo e Simplex, bem como no seu próprio O valor das Ideias (este, desaparecido), todos de apoio ao PS e ao PM, se ter passado para o Corta-Fitas onde passou a defender a direita, a Igreja, a tradição, etc..
Como se não bastasse a mudança de opiniões, ou a conversão, passou a denunciar tudo e todos que lhe pareceram podres naqueles blogues (pode-se ver aqui um resumo e uma opinião).
É claro que foi alvo de fúrias e de troças (uma ou outra com graça).
Isto interessa muito pouco, até porque o último episódio desta temporada já foi transmitido.
Aliás, isto não interessa nada mas tem a curiosidade de estar relacionado com Viriato; é que a referida expressão diz respeito à sua morte.
Depois de os traidores Audax, Ditalcus and Minurus terem assassinado Viriato, a soldo de Marcus Popillius Lenas, o general Servillius Cipianus recusou a recompensa com o argumento, precisamente, que Roma não paga a traidores que mataram o seu chefe.
Enfim, tudo como dantes.

O quadro é de Jose de Madrazo

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Curso de fotografia






Depois de ter máquina fotográfica durante vinte anos, decidi meter-me num curso para aprender alguma coisa de jeito.
A minha primeira máquina era toda automática o que para mim era muito bom por razões óbvias.
Eu nem sequer precisava de enrolar o rolo; ela fazia isso logo depois da fotografia tirada.
Mas era uma excelente máquina e as fotografias que tenho colocado aqui são quase todas com ela.
Há coisa de ano e meio, decidi-me a comprar uma Nikon D-60 (já foi substituída por outro modelo, a D3000).

Tenho utilizado sempre o modo automático mas agora não.
Fiz este curso que me motivou bastante para fazer alguma coisa de jeito. O formador é muito bom, para mim, que nem o básico sabia, demasiado bom.
Claro que ainda não domino técnica nenhuma mas, pelo menos, já sei onde procurar.
Fiquei a conhecer a máquina, fiquei a saber usá-la, etc..
Agora, tenho é de treinar bem e comprar um livro, não muito complexo, sobre o assunto.
Já percebi que o manual da máquina só explica a máquina, não ensina a tirar fotografias.
Enfim, mesmo que um pouco desactualizado, é este o bicho:

domingo, 13 de junho de 2010

Os livros do Tintin



Este é o nicho que tem a colecção do Tintin e mais alguns livros sobre ele.
Levei uns anos a fazer esta colecção, os livros iam saindo muito lentamente e eu estava sempre com medo (fútil, claro) de perder algum.
Além de um livro muito engraçado sobre os nomes que aparecem em toda a obra, comprei recentemente um sobre ele e as suas viagens; foi com este livro que vieram os bonecos que se podem ver.

A biografia do Hergé está noutra prateleira, ao pé de outras.




quinta-feira, 10 de junho de 2010

Um livro sobre Beatles

Este é um livro engraçado sobre os Beatles.
Trata-se de um conjunto de crónicas a respeito deles que foram sendo publicadas ao longo dos anos, bem como excertos de alguns livros.
Encontra-se lá a famosa crónica de Maureen Clave, de Fevereiro de 1963, a primeira ou das primeiras a respeito do grupo a nível nacional. É nesta crónica que ela descreve o Ringo como «ugly but cute».
Tem também um artigo demolidor da beatlemania de Paul Jonhson (Fevereiro de 1964), chamado, aliás, «The Menace of Beatlism».
O melhor é transcrever o que está na contra-capa:
«The Beatles: Paperback Writer, is a collection of the best writing on the Beatles by rock journalists, cultural commentators, journalists, scholars and biographers, alonside personal contributions from the Beatles themselves, and their friends and acquaintances. This book is essential reading for any serious Beatles fan, providing a fascinating overview of a band who continue to exert a huge inflence on music and popular culture».
É publicado por Plexus Publishing e o seu organizador é Mike Evans.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Fim



Chegou ao fim o puzzle dos Beatles, da capa do Anthology.
Embora só com 1000 peças, não foi fácil. Acho que foi o primeiro puzzle que fiz sem ligar à cercadura. Comecei pelos tons, pelos grupos de cor, pelas fotografias que eu conhecia, etc., e deixei as peças lisas para o final. Tinha, em vez de uma lupa, outros exemplares (que estão na fotografia) de onde me pude aperceber de pequenos pormenores.
Enfim: ficou feito.
Acabei-o a 4 de Maio mas tive outras coisas que me impediram de mostrar que tinha completado o puzzle.
Como sou fraco e não resisto, aqui outra do dito:
Venha o próximo.

domingo, 30 de maio de 2010

Amigos

Fui a Lisboa a semana passada por ocasião da morte da minha irmã mais velha.
Ainda a vi viva, à tarde, mas morreu ao princípio da noite; depois, voltei, nessa noite, a vê-la morta.
As coisas são como são e não é disso que quero falar.
Quero falar dos amigos que, de uma maneira muito íntima, apareceram. Não posso nomeá-los todos pois corro o risco certo de omitir algum.
Mas estavam lá o Chico, a Bé, a Raquel, o Vasco, a Gi, o Eurico, a Mafalda, a Gabriela, a Teresa, o Zé, etc..
Num momento e local de agrura, crispação, tensão, tristeza, foi muito bom ver estas pessoas outra vez.
São amizades de 30 e 40 e vários anos (a minha irmã teria feito 53 anos nesta semana), da escola, do liceu, de antes da escola.
Não sei, claro, se estavam lá todos os amigos; estavam aqueles que gostei que tivessem estado.
Nem tudo foi mau.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Capela dos Mártires

Esta capela chama-se Capela de São Sebastião e fica num lugarejo do concelho de Tábua; nem sequer vem na net.
Nesta capela casou-se um tio meu, irmão mais velho do meu Pai.
Anos depois, casaram-se nesta mesma capela os meus Pais.
Claro que, a partir de então, a capela mudou de nome sem qualquer comunicação à paróquia, bispado ou mesmo o Vaticano.
Passou a chamar-se, simples e merecidamente, a Capela dos Mártires.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dois Contos

Dois contos do livro «270 Contos de Arrepiar», de Jacques Sternberg. Não tenho o original mas arranjei uma cópia completa do livro.
É fabuloso, para quem gosta destas coisas (negras, ao contrário, irreais, etc).
Tem contos grandes (três ou quatro páginas) e tem contos curtos (poucas linhas), mas todos bons.
Deixo aqui dois curtos:
«Um Recado
Era assaz espantoso aquele letreiro pregado na porta de um jazigo: VOLTO DENTRO DE INSTANTES».

«A Timidez
Tinha uma tal preocupação em não incomodar que até fechou a janela antes de se atirar para o vácuo do alto de um sexto andar».


Eu disse que eram dois mas não resisto a mais um:
«Delicadeza
Era tão bem educado que, antes de morrer, deixou passar a mulher adiante».

Se algum dia encontrarem este livro, agarrem-no.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Miranda do Douro



Morei aqui cerca de um ano e meio.
A terra é bonita, come-se muito bem, as pessoas são amigas (umas mais outras menos) e a vista sobre o Douro é de espantar.
Custou-me um bocado por causa da falta do mar. É que se o Douro é bonito, ainda assim não é igual ao mar.
Da cidade destaco duas coisas: a Pousada de Santa Catarina e, claro, a Sé.
A Pousada está mesmo por cima da arriba e a vista é muito bonita.

A Sé, segundo me disseram, é a mais larga do País. Vê-se, pelo menos alguma torre, de qualquer parte da cidade.
Mas o melhor de tudo é todo o distrito de Bragança.
Começando pelo planalto mirandês (Vimioso, Mogadouro, Miranda), continuando por Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Gimonde, o Parque de Montesinho, Vinhais... é só escolher.
Podem-se ver várias fotografias de Miranda aqui e aqui.

sábado, 24 de abril de 2010

Um Puzzle dos Beatles



O título é enganador; isto é só o princípio de um puzzle dos Beatles, a capa do Anthology. Vi-o há dias na FNAC e não resisti.
É um puzzle como outro qualquer, quero dizer, parece fácil e depois não é tão fácil.
Mas tem pormenores engraçados que eu não tinha reparado (culpa minha, claro) nas outras capas (do livro, do VHS e do DVD).
Na famosa capa de Janeiro de 1962 do Mersey Beat («Beatles Top Poll»), a cabeça do Pete Best está tapada por um excerto da capa do LP Please Please Me.
Não vejo sinais do LP Beatles For Sale. Já procurei várias vezes e não encontro. Para já, concluo que ele não está lá.

Encontrei uma peça que tem escrita as seguintes letras: «voorm». Claro que isto me faz lembrar Klaus Voorman, o autor da capa do Revolver (que, aliás, também aparece no puzzle). Mas ainda não consigo descortinar o lugar dessa peça. Acho que vai ser a última a ser colocada.
Mesmo que o não seja, quando souber o seu lugar, vou marcá-lo.

Aditamento:
O desenho é da autoria de Klaus Voorman e ele deixou nele o seu nome, perto do canto inferior direito (onde está a passadeira).
Já sei o lugar da peça.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Outros livros

Este é mais um nicho das minhas prateleiras. Tem a ver com coisas pedantemente chamadas artes mas que são só coisas de que gosto: BD, alguns filmes, música e Mercedes.
Um dos livrinhos, o que está à direita dos Comic Action Heroes, é o catálogo do Mercedes C, aquele que eu hei-de ter quando for grande.
Destes, os melhores são o BD Guide 2005 e o Rock The Rough Guide. São duas pequenas enciclopédias sobre estes assuntos.
O que está mesmo à direita, em argolas, é uma cópia (não consegui o original) de um livro que há muito tempo procurava: 270 Contos de Arrepiar, de Jacques Sternberg.
Por um destes dias, ponho aqui um ou outro conto dele.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Que rua?

Que raio de nome de rua numa terra onde se como tão bem!
É o nome de uma rua em Estremoz onde há uns tempos fui almoçar. Infelizmente foi almoço e eu tinha que continuar uma viagem. Se tivesse sido jantar, mais tempo teria e mais coisas boas eu teria comido.
Quem é ou quem foram os mal cozinhados? Não sei se o nome se refere a pessoas que foram cozinhadas ou se se refere a algum prato que não correu bem.
Seja como for, é certamente uma mentira.
Em Estremoz não há mal cozinhados

sábado, 10 de abril de 2010

Pela Guarda





Tive que ir, há dias, à Guarda e aproveitei para dar uma volta por ali.
Um dos primeiros sítios foi Belmonte porque gosto sempre de ver aquela construção esquisita que é o Centum Cellas:
Não se sabe muito sobre isto o que torna o local muito mais interessante.
Passei por Almeida, Pinhel, Trancoso e Celorico.
De Almeida gosto muito embora não tenham sido frequentes as visitas:
Mas o melhor não está aqui, está perto da Guarda, na freguesia de João Bragal.
Refiro-me, claro, às Casas do Bragal, restaurante de primeira água. Já não tem a posta à mirandesa (como uma vez comi aqui em 2003) que era excelente (e eu sei do que falo pois vivi um tempo no Nordeste Transmontano) mas continua a ter a carne da raça mirandesa.
O vinho foi um de Belmonte chamado Quinta dos Termos que era tão bom como tudo o resto.
Uma das particularidades deste restaurante é a sala de estar: uma óptima lareira, claro, estantes cheias de livros que vão desde cozinha a arte, fotografia, história, mapas, etc..
Não conheço outro assim.
Vale sempre a pena ir à zona da Guarda.

terça-feira, 23 de março de 2010

Os Diários de Reagan





Recebi este livro há dias e gostei bastante de o ter recebido. Ainda agora o comecei a ler, vou na página 100 ou coisa que o valha, e já acho bom.
Não há teorias políticas, não há lições de governação, não há interpretações da Constituição ou teorias da conspiração. O que há é um registo daquilo que o Reagan fazia dia a dia: discurso aqui, reunião acolá, visitas dali, visitas de lá.
Mas o que me faz falar deste livro é a capa da edição portuguesa (a que está acima).
Debaixo do título, está escrito: «O único diário presidencial na história americana».
Se eu fosse desatento, até acreditaria.
Mas, felizmente, o livro tem a introdução do editor americano, Douglas Brinkley. Por esta se vê que, afinal, Reagan foi o 4.º Presidente dos EUA a escrever um diário na Casa Branca (mesmo que ainda não tivesse este nome)
O editor afirma claramente, e ele deve saber, que «só quatro presidentes mantiveram diários de forma continuada e regular» (depois, nomeia-os).
Então, por que carga de água há-de vir na edição portuguesa que este é primeiro, aliás, o único?
Eu não exijo que o tipo que faz a capa tenha que ler o livro; mas com certeza que alguém que saiba há-de ver a capa e confrontá-la com o seu conteúdo.
Procurei a edição americana e claro que vi coisa diferente.
Não se faz referência à inexistência de um outro diário de qualquer outro presidente; apenas se diz que este é o diário de RR.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Baby's in Black

Li há dias um comentário sobre uma música do LP Beatles For Sale, I'll Follow The Sun; aliás, li dois, embora no mesmo blog. Como balada, é, se calhar, mesmo considerando o Yesterday, das melhores que eles fizeram.
No entanto, e felizmente não somos todos iguais, existem duas outras baladas no mesmo LP que são excelentes. Every Little Thing tem um toque de bateria, melhor, dois toques seguidos da mesma batida em um ou dois segundos que são fabulosos. Só voltei a ouvir esse mesmo toque repetido (e eu não conheço tudo, claro) no album The Lamb Lies Down On Broadway, na faixa que se chama The Colony of Slippermen. Ao minuto 5:50 e 5:52 ouvem-se duas batidas que logo fazem lembrar esta música dos Beatles, embora com um efeito diferente (os Genesis fazem um crescendo e os Beatles uma pausa).
Mas ainda assim, não é esta a balada que gosto mais deste LP. Como gosto das coisas um bocado negras, prefiro esta (aqui cantada no Shea Stadium, ao seguir ao Twist and Shout):