O Almanaque foi uma revista mensal (salvo para o fim, como é costume) que se publicou nos finais de 50 e pricípios de 60 do século passado.
Era uma revista de vanguarda, quanto mais não fosse porque era diferente. Diferente na apresentação, diferente no conteúdo e diferente na quantidade e na qualidade dos seus colaboradores (Sebastião Rodrigues, João abel manta, José Cardoso Pires, Alexandre O’Neil, etc.).
O seu director foi J. A. de Figueiredo de Magalhães, com orientação gráfica de Sebastião Rodrigues e fotografia de eduardo Gageiro. Tinha a sua sede na R. da Miseridórdia, n.º 125, 1.º — Não se indica a terra onde fica esta rua mas tudo leva a crer, pelo umbiguismo próprio de quem é, que fica em Lisboa.
Além da publicidade própria da época sob a forma de pequena notícia (por exemplo, um Taunus que vai dos 0 aos 100 em 17 segundos — Novembro de 1960, p. 31), tinha rubricas muito próprias. A fundamental, a meu ver, eram as crónicas do reino de Pacheco onde, a pretexto dis e daquilo, se escalpelizava o país de então; de uma forma elegante, irónica e atenta.
Adiante, colocarei aqui algumas peças tiradas dessa revista mas, para já, não resisto ao seguinte excerto:
«Vasco Pulido Valente
Nasceu em 1941. Frequentou a Faculdade de Direito e está à espera que chegue Outubro para se matricular em Filologia Românica onde espera formar-se.
Uma vez obtida a utilísima licenciatura faz tenções de emigrar para o Brasil.»
(Julho de 1960).
Era uma revista de vanguarda, quanto mais não fosse porque era diferente. Diferente na apresentação, diferente no conteúdo e diferente na quantidade e na qualidade dos seus colaboradores (Sebastião Rodrigues, João abel manta, José Cardoso Pires, Alexandre O’Neil, etc.).
O seu director foi J. A. de Figueiredo de Magalhães, com orientação gráfica de Sebastião Rodrigues e fotografia de eduardo Gageiro. Tinha a sua sede na R. da Miseridórdia, n.º 125, 1.º — Não se indica a terra onde fica esta rua mas tudo leva a crer, pelo umbiguismo próprio de quem é, que fica em Lisboa.
Além da publicidade própria da época sob a forma de pequena notícia (por exemplo, um Taunus que vai dos 0 aos 100 em 17 segundos — Novembro de 1960, p. 31), tinha rubricas muito próprias. A fundamental, a meu ver, eram as crónicas do reino de Pacheco onde, a pretexto dis e daquilo, se escalpelizava o país de então; de uma forma elegante, irónica e atenta.
Adiante, colocarei aqui algumas peças tiradas dessa revista mas, para já, não resisto ao seguinte excerto:
«Vasco Pulido Valente
Nasceu em 1941. Frequentou a Faculdade de Direito e está à espera que chegue Outubro para se matricular em Filologia Românica onde espera formar-se.
Uma vez obtida a utilísima licenciatura faz tenções de emigrar para o Brasil.»
(Julho de 1960).