quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A realidade da aparência


É conhecida a expressão, de um discurso de Salazar, de que em política o que parece é.
A frase não é bem esta e não vem mal ao mundo citá-la integralmente.
É de um discurso de Março de 1938, proferido por ocasião da posse dos dirigentes das Comissões da UN (Central, Executiva, Junta Consultiva e Propaganda). Este discurso está publicado no vol. III, a páginas 25-38.
A frase é esta (p. 27):
"A verdade porém é que polìticamente tudo o que parece é, quere dizer, as mentiras, as ficções, os receios, mesmo injustificados, criam estados de espírito que são realidades políticas: sobre elas, com elas e contra elas se tem de governar".

A imagem, porque não tive paciência para copiar a capa do livro que eu tenho, é daqui.


sábado, 24 de novembro de 2012

Os meus Zippos

dois anos cansei-me de comprar isqueiros que não prestavam.
Decidi-me por arranjar um Zippo.
Logo uns amigos ofereceram-se dois (um é uma réplica do original de 1932).
Depois, muito simplesmente, comecei a comprá-los conforme o tema.
Agora tenho estes:
São dez  e ainda falta um que está fora de casa.
Gosto deles todos mas mais dos dos Beatles e o de ouro que me foi oferecido recentemente.
Tanto quanto sei, trata-se de uma edição limitada que um amigo conseguiu comprar no ebay.
Embora tenha procurado textos sobre ele, não encontrei nada.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Perto de Montemor

Nos meus passeios para Évora, às vezes paro nas áreas de serviço para tomar um café e fumar um cigarro.
Não tenho um local de preferência, pode ser um qualquer.
Outro dia parei na área de serviço de Montemor-o-Novo e deparei-me com uma estátua em que nunca tinha reparado:
Chama-se O Conquistador e é da autoria de Jorge Pé-Curto.
À primeira vista é uma estátua esquisita, surpreendente. Mas olhando para ela de vários pontos, olhando para ela várias vezes, acaba-se por gostar.
O que é desconcertante nela, a meu ver e num primeiro contacto, é o facto de ter duas cabeças ou, pelo menos, assim parecer.
O guerreiro está com uma cara séria, determinada. A outra cara, que seria, eventualmente, uma cota de malha, pelo contrário, é sorridente, pacífica. Parece que está consolado.
Procurei coisas sobre o autor e encontrei isto e isto.
O primeiro é um conjunto de trabalhos do escultor, todos na mesma linha estética.
O outro é um texto sobre o autor (tem um erro tolo ao dizer que é em plena A-2; claro que não é e um mínimo de cuidado imporia que se dissesse que é na A-6).
Mas isto agora não interessa nada.
Vale a pena passar pelo local.