quinta-feira, 26 de março de 2009

O isqueiro


Nunca quis isqueiros bons porque eram caros e porque acabaria por os perder na primeira oportunidade. Quando pretendiam oferecer-me um isqueiro bom, respondia logo que não, que seria uma tolice, que qualquer um serve desde que dê chama, etc..
Mas ao fim de muitos anos a comprar isqueiros que não prestam, decidi comprar um bom.
Há pouco tempo comprei um Clipper que se estragou ao fim de 10 dias; comprei, logo a seguir, um Bic pequeno pensando que estava cheio; não estava e durou 5 dias.
Tomei, então, a resolução de comprar, finalmente, um isqueiro que preste.
Comprei o Zippo, claro (dentro dos bons, ainda é dos mais baratos), o modelo que está na fotografia. Foi feito em Março de 2008, conforme se pode ler na sua base (C ZIPPO 08).
De há uns anos para cá, a datação dos Zippos alterou-se e o mês vem indicado com uma letra e o ano com os dois últimos números. Os números romanos, que durante uns anos dataram os isqueiros, nada têm que ver com a raridade ou a qualidade do objecto em si; é só uma data.
Comprei o que estava na imagem porque a loja não tinha nenhum daqueles que eu queria.
Fica para a próxima.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Discriminação ou não

Vi este papel espetado na porta de um bar no subúrbio onde vivo.
Facilmente percebo que, por ser homem, pago mais. Isto não me importa muito desde que beba tudo a que tenha direito. Mas irrita-me o tratamento de dinheiro diferente.
Se isto não é machismo, então é o quê?
Se um casal vai ao bar, o natural é ambos partilhem a despesa, ou seja, os dois gastam, nas bebidas que dividem como querem, €6,5. Mas se eu estiver só e uma outra mulher estiver só também, qual é a razão de bom senso que me obriga a consumir mais, a gastar mais?
Ao falar em machismo talvez me tenha enganado; se calhar, queria dizer educação. Fica bonito ele pagar as contas dela mas a inversa já é muito feia, é muito mal educada.
O dar a passagem a uma mulher, é boa educação, o abrir a porta do carro, também...
Aliás, e por falar em educação, temos de concordar que o papel não é do melhor neste aspecto («mulheres» em vez de «senhoras»).
Mas, enfim, todos sabemos que as mulheres não foram educadas para serem educadas.