sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Primeiras máquinas

Quando comprei a minha primeira máquina fotográfica tinha acabado de saber que iria viver para Trás-os-Montes. Foi por esta razão, aliás, que a comprei. Não conhecia a região mas tinha ouvido dizer que era muito bonita.
Como não percebia nada de nada, fui a uma loja e pedi uma máquina que fizesse tudo.
Venderam-me esta:
Era uma Fuji DL-150 que, na verdade, fazia tudo. Automática, com poucos botões e até enrolava o rolo sozinha! 
Fartei-me de tirar fotografias com ela; muitas das que estão publicadas aqui são desta máquina.
Dois anos depois soube que a próxima terra seria a Ribeira Grande. Exactamente pelos mesmos motivos (não conhecia os Açores mas sabia que era muito bonito) achei que era altura de comprar uma máquina nova, que fizesse um pouco mais que a Fuji.
Estavam na moda as chamadas máquinas compactas e optei por esta:
Uma Pentax Zoom 105 R.
Era uma evolução!
Ao princípio, poucas fotografias tirei com ela porque logo num dos primeiros passeios à Lagoa do Fogo esqueci-me dela num miradouro (o que tem a hélice). Quando dei conta, voltei logo lá mas a máquina já não estava.
Valeu-me, de novo, a Fuji até arranjar outra Pentax igual.
Já não tenho nenhuma delas; a primeira dei-a e a segunda... não faço ideia.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Dicionário do Tintin

Já há uns tempos escrevi aqui sobre um livro que se chama Dicionário dos Nomes Próprios do Tintin. Contudo, quase nada disse sobre o livro.
Uma recente conversa com o blog Leituras do Pedro obrigou-me, felizmente, a dar mais atenção à descrição deste livro.

O primeiro título é: De Abdallah à Zorrino, seguido de Dictionnaire des Nomes Propres de Tintin. É publicado pela Casterman e a 2.ª ed., a que eu tenho, é de 1992 (ISBN 2-203-01711-2).

O seu índice é, basicamente, o seguinte: (1.º) todos os nomes e (2.º) anexos e complementos.

Dentro do primeiro grupo está tudo que seja nome citado nos livros (e refiro-me aos ditos livros canónicos, ou seja, sem o País dos Sovietes e Alpha-Art) mesmo que sejam apenas nomes passivos (pessoas que foram chamadas). A melhor para mim é a do Olson; é um nome que aparece numa mala de porão e mais nada; mas está identificada (p. 172). Também há vários Tom's.  Por aqui se vê a minúcia do livro. Também aparecem os nomes dos cavalos em que Wagner  (As Jóias de Castafiore) aposta (Sara, p. 196, Oriana, p. 172, e Semiramis, p. 198).
Em relação a cada nome está a indicação da primeira vez que ele aparece bem como a primeira vez (se for o caso) em que aparece o desenho da pessoa mencionada.
Ainda na primeira parte estão destacadas algumas personagens fundamentais (por ordem alfabética, tal como está no livro): Dupond(t), Haddock, Milu, Tintin e Tournesol.

Na segunda parte estão nomes de personagens que existiram e que são mencionadas em ao longo dos livros (p. ex., Diógenes, Sacha Guitry, Napoleão), nomes de lugares exclusivos do mundo Tintin (p. ex. Sildávia, Moulinsart, Redskincity), nomes comerciais e nomes de navios e de jornais.
É todo um mundo.

Eu leio este livro pelo menos duas vezes por mês e só porque gosto e, principalmente, gosto de o acompanhar com os álbuns.





sábado, 24 de setembro de 2011

Espantoso

O filme é do campeonato do mundo de snooker de 2010.
Ronnie O'Sullivan joga com Mark King e faz 147 pontos. Embora sempre difícil, esta tacada máxima para o Rocket não é rara (com esta, aliás, superou o registo de Hendry).
O que tem graça neste filme são duas pequenas coisas (a grande coisa, claro, é ver a jogada):
Tudo começa na terceira jogada quando King falha uma tacada incrível (até eu acertava). Ele próprio fica bem baralhado, sem acreditar no falhanço que tinha feito.
O'Sullivan começa, então, a sua parte.
Mete uma vermelha, mete a preta; e antes de prosseguir pergunta ao árbitro qual é o prize money para a tacada máxima. Ou seja, ele estava absolutamente confiante que a conseguiria fazer.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Em Santiago

Estiva há dias em Santiago de Compostela, cidade que não conhecia.
Claro que o primeiro objectivo era conhecer a catedral, dar uma volta pela parte velha, enfim, turismo puro e simples.
Gostei bastante, claro, embora o dia não estivesse dos melhores; mas a Galiza é a Galiza.
É grande, bonita, imponente e, claro, cheio de gente.

Mas o que eu goste mais em Santiago foi de uma tasquinha (gourmet, claro) que tem tudo o que é bom do mar da Galiza, além do seu próprio Alvarinho.
Trata-se do Abastos 2.0, no Mercado de Abastos:
Tem alguns lugares lá dentro mas o melhor é ficar no exterior ou mesmo só encostado às janelas.
Umas excelentes amêijoas e ums excelentes percebes.
É uma óptima razão para voltar a Santiago.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mapas

Os mapas são coisas fascinantes. Novos, velhos, modernos ou antigos, são sempre algo que merece atenção.
Sou capaz de passar horas a ler atlas, a ver mapas. Lembro-me dos livros do Júlio Verne, cuja leitura era sempre acompanhada por um mapa de modo a poder saber exactamente por onde andavam os protagonistas.
Claro que isto implica que tenha vários puzzles de mapas, tal como estes dois que aqui estão mostrados.
Mesmo parecendo que são fáceis de montar (conheço os locais das terras), o certo é que são bem difíceis pois nem sempre as letras estão nítidas.
Mas é claro que um puzzle simples não tem interesse.
O puzzle que eu gostava mais de fazer, com mapas, era o do mapa de estradas de Portugal, com 1000 peças. Acho que seria um número de peças suficiente para dar bastante gozo.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Em Arraiolos

No primeiro fim de semana de Setembro, estarei em Arraiolos. É uma vila engraçada e onde estive, o ano passado, em caminho para Montemor.
Mas desta vez vou lá propositadamente para o evento cujo cartaz está acima.
Tanto quanto percebo daqui, isto é patrocinado pela respectiva Câmara Municipal; tenho pena porque estas coisas devem ser feitas pelos próprios interessados. E embora seja só um patrocínio não altera muito as coisas.
Mas o que me interessa é que o evento se realize.
Não faço ideia do seu conteúdo mas espero poder comprar alguns recuerdos da mítica.

domingo, 17 de julho de 2011

«O Historiador»

É o nome de um livro, de Elizabeth Kostova, sobre Drácula.
Passa-se em três tempos diferentes: 1930, 1954 e 1972 e em vários locais: EUA, Pirenéus, Bulgária, Hungria, Turquia.
É um livro que se começa a ler e só se para quando o cansaço chega pois é bastante interessante. Não se trata de uma qualquer história vulgar de vampiros mas se uma coisa bem diferente: trata-se do próprio Drácula, o Empalador, que governou a Valáquia no séc. XV.
Trata também, e claro, da história da sua morte em 1972; dito de outra forma, o livro descreve a perseguição ao monstro.
Tudo isto é contado de uma maneira surpreendente, intrigante. A imagem acima existe no objecto mais perturbador de todo o romance: um livro que apenas contém aquele desenho.
Querem fazer um filme com base neste livro mas parece que as coisas não estão nada fáceis.
Vamos esperar mais um pouco.

sábado, 9 de julho de 2011

Crise



Todos falam da crise financeira como se fosse uma coisa de que todos pudéssemos sair ilesos.
É mentira, claro, não se pode ultrapassar esta crise sem grandes vítimas, infelizmente, os mais pobres.
A esquerda está convencida que tudo se pode fazer com o dinheiro dos outros.
Mas quem tem a responsabilidade do mundo, mesmo que do seu pequeno mundo,  sabe mais.
No seu primeiro discurso político, perante a tropa claro (may the force be with you!), Salazar é bem claro.
É esta a parte final do seu discurso:

«Mas não tenhamos ilusões: as reduções de serviços e despesas importam restrições na vida privada, sofrimentos, portanto. Teremos de sofrer em vencimentos deminuídos, em aumentos de impostos, em carestia de vida. Sacrifícios e grandes temos já feito até hoje, e infelizmente perdidos para a nossa salvação; façâmo-los com finalidade definida, integrados em plano de conjunto, e serão sacrifícios salutares.
«É a ascensão dolorosa dum calvário. Repito; é a ascensão dolorosa dum calvário. No cimo podem morrer os homens, mas redimem-se as pátrias!»

Discursos, I, 1928-193, p. 18

sábado, 25 de junho de 2011

A Medusa

É o nome de uma fragata francesa que, em Julho de 1816, naufragou na costa da Mauritânia.
Isto aconteceu porque, devido à imperícia do seu capitão (não navegava há cerca de 20 anos), encalhou num banco de areia. Como não havia botes para todos, fez-se à pressa uma jangada onde se «instalaram» cento e tal pessoas. Depois de 13 dias no mar, só restavam 15 pessoas; as outras tinham sido mortas, comidas ou atiradas pela borda fora. Foram encontrados por um barco que fazia parte do comboio que saíra de Rochefort.
No livro «Astérix Legionário» aparece uma caricatura do quadro de Géricault (que o havia terminado em 1819, pouco tempo depois do acidente e do escândalo que ele provocou). Claro que, aqui, a má sorte coube aos piratas.
Mas existe outra referência a este facto na BD, mais concretamente, no livro do Tintim «Carvão no Porão» em que os nossos heróis, com o piloto estoniano, estão numa jangada (p. 39). Depois de o Capitão cair à água, ele aparece com uma alforreca em cima da cabeça e o Tintim diz-lhe: Faz então questão que esta seja, custe o que custar, a jangada da medusa?»
Isto é conhecido pelas duas partes e não é novidade.
Mas fica o registo.

sábado, 18 de junho de 2011

Évora

É das cidades mais bonitas de Portugal.
A primeira vez que lá fui fiquei encantado. Ao virar de qualquer esquina, surgia uma surpresa (ou era uma janela, uma porta, uma varanda).
Claro que nesta cidade só tem sentido andar a pé, só assim se consegue ver tudo o que ela tem para mostrar.
Voltei a Évora várias vezes, umas em passeio, outras em trabalho.
Comi uma vez no Fialho; muito bom e carote. Numa aldeia perto (Guadalupe) comi bem e por um terço do preço. Não interessa, são todos bons.
Vem isto a propósito de o meu patrão me ter mandado trabalhar para lá.
Gostei.

o mapa foi tirado daqui

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tradição perdurável

É este o título do anúncio aos carros da Mercedes publicado no Almanaque de Fevereiro de 1961.
«Em 1885, há quase 75 anos atrás...».
Hoje a Mercedes comemora o seu 125.º aniversário.
Estão aqui vários modelos a provar a tal tradição perdurável.
O primeiro é o Motorwagen de 1885; o último é o 220SE.
Antes deste está o 300SL, percursor deste:
Ainda hoje a tradição continua e tudo indica que continuará por muitos e bons anos.
Tenho um livro excelente sobre a história da Mercedes, de Dennis Adler. É muito completo e ainda está (embora por pouco tempo) actual; é de 2006.

sábado, 28 de maio de 2011

Na Cidade dos Arcebispos

Fui a Braga há dias e gostei bastante, aliás, gostei muito.
Já há uns anos que não passava por lá.
Fiquei no Hotel Ibis; pequeno, simples mas limpo o que tudo faz um pequeno hotel.
Desta vez fiquei com um quarto que tinha vista para o Campo da Vinha:
Isto é mesmo no centro de Braga e, por feliz circunstância, o sítio onde eu tinha que ir era um pouco acima da Praça Mouzinho de Albuquerque. Nesta praça jantei no Brito's, um excelente restaurante.
Depois do trabalho que tinha que fazer, fartei-me de andar a pé pelo centro (e com isto não me refiro só à Avenida Central).
Braga tem muito para ver e, já agora, para ouvir (os malditos sinos começam a tocar muito cedo).
Mas com sinos ou sem eles, é uma cidade como não deve haver outra em Portugal.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Os carros do Tintim

Ao londo de vinte e tal livros, é natural que existam dezenas de carros desenhados nos albuns do Tintin. Uns são fáceis de reconhecer, outros nem tanto.
Existem, aliás, nas lojas do Tintim, diversas miniaturas de carros que surgem nas diversas aventuras, como se pode ver aqui.
Vem isto a propósito de um carro que vi há dias e que só então me apercebi que era o Matateu, o MB 180 dos anos cinquenta.
O desenho está na p. 13 de O Caso Girassol:
Fiz uma pequena pesquisa na net e fui dar com esta página onde estão todos, mesmo todos, os carros que estão nos livros. Lembrei-me logo do Dicionário de Nomes Próprios.
Este MB 180 não está na página principal, talvez por não ter grande destaque (o autor coloca-o numa secção a que chama bric-à-brac); mas está .
A carrinha que está à frente, a passar, é a carrinha do Talho Sanzot cujo número de telefone é parecido com o do castelo do Capitão.
É uma VW Kombi, conhecida por cá como o pão de forma:
Muita coisa se poderia dizer sobre este assunto mas, para já, chega.

sábado, 7 de maio de 2011

Algés

Vivi aqui (Algés, concelho de Oeiras) perto de 10 anos.
Em bom rigor, não vivi aqui, morei aqui. Na verdade nunca achei graça a Algés nem sequer gostei de me mudar para esta terra.
Nunca fiz vida em Algés, só depois de sair é que, anos volvidos, comecei a frequentar alguma coisa disto.
A terra não é má, pelo contrário; tem tudo o que é preciso para viver (comércio, restaurantes, repartições, etc.).
A única coisa que se passou foi que não gostei.
Ainda vou lá todos os anos, aliás, sempre que vou para a zona de Lisboa é lá que fico.
Também tem a vantagem, claro, de estar encostada a Lisboa mas pouco mais que isso.

domingo, 1 de maio de 2011

Mã Dalton

Como é bem sabido, este é um livro da colecção de Lucky Luke, o cow-boy que dispara mais rápido que a sua sombra.
Foi publicado em 1971.
Dá-nos o retrato da mãe dos Dalton, um grupo de irmão criminosos que têm tanto de mau como de estúpidos.
Deviam sair mais ao pai do que à mãe porque esta não tem nada de estúpida, embora também seja criminosa (terá acabado a carreira a roubar nos preços do seu restaurante em Houston).
Mas era uma mãe firme, disciplinada, autoritária e amiga da sua família, como se pode ver abaixo:
Se os filhos têm que fazer alguma coisa, que o façam em conjunto e sob o poder da mãe.
Não deixa de ter graça que eles tenham sido apanhados apenas por causa de uma cena de ciúmes entre os irmãos.
Acontece nas melhores famílias.

domingo, 24 de abril de 2011

Páscoa

Um dos filmes de que gosto bastante, e que vejo pelo menos uma vez por ano, é Jesus Christ Superstar, de 1973.
Gosto muito das músicas e de toda a perspectiva política que oferece. Claro que isto não é novo pois quem conheça bem o Novo Testamento facilmente se apercebe que o problema é, também, político. E o filme está bastante fiel ao livro.
Onde talvez isso se note mais é no concílio dos sacerdotes em que é decidido que Cristo tem de morrer, pela salvação da Nação.
Este é o espisódio em questão



Para mim, este é um dos melhores momentos do filme, a par com o segundo diálogo entre Cristo e Pilatos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tou menente!

As pessoas sérias não se metem em política e futebol.
Anda tudo no diz que disse, anda tudo a dizer que não foi bem isso o que eu disse, anda tudo a discutir o acessório, a esconder o que importa, etc..
Chega ao ponto de o partido que apoia o Governo dizer que a culpa do falhanço da governação é da oposição.
Mas nisto, o melhor que conheço é a expressão deste intelectual:
«A CULPA É MINHA E DOU-A A QUEM EU QUISER»

Não se pode pedir aos políticos que sejam sérios ou, sequer, honestos.
Mas pode-se pedir que sejam direitos, que tenham um rumo, que não se desviem muito do que dizem ser e do que querem fazer.
Vem isto a propósito, e daí o título do post, da candidatura de Fernando Nobre como cabeça de lista por Lisboa (com lugar assegurado) pelo PSD.
Que ele tenha mudado de opinião, que pense agora que os partidos não são o demónio, que antes tenha apoiado o BE e agora apoie o PSD; nada disto me choca grandemente; não tem importância, aliás, não teria importância se não fosse a importância do lugar a que concorre. Trata-se de uma pessoa só que decidiu, embora abruptamente, mudar de opinião, mudar de rumo.
O que me choca mesmo é ser o PSD, um partido político visceralmente do sistema partidário, um partido que apoiou um candidato presidencial a respeito de quem FN disse poucas e boas, um partido que, por o ser, também ouviu poucas e boas, vir agora aceitá-lo, integrá-lo como bom.
Está tudo doido.
É claro que isto tem a sua faceta cómica e podem ser vistos aqui (a partir de 11 de Abril) os novos candidatos do PSD às legislativas.
Já estou como este e este.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Um carro engraçado

Chama-se Rinspeed Bambom.
Faz lembrar logo o Mehari da Citröen, carro dos anos 60 e 70.
Este, claro, é mais moderno e já é eléctrico.
O engraçado é o que se pode fazer com ele.
A cobertura pode fazer de colchão, os bancos de trás são insufláveis, as colunas têm a forma de flor, etc..
Mais coisas sobre este carro podem ser vistas na página oficial.
Não é carro que eu comprasse mas lá que ele é giro, é.

terça-feira, 22 de março de 2011

Dois livros numa loja

Estiva há dias em Cacilhas com um propósito: comprar um livro de que vim a saber aqui. Podia, claro, tê-lo encomendado mas já que ia a Lisboa aproveitei para passar na loja.
Não é uma livraria, é uma loja que vende várias coisas ligadas à música pop, entre as quais, livros.
Foi este o que eu comprei, conforme estava já combinado.
Trata-se de uma pequena enciclopédia sobre todos, ou quase todos, os conjuntos dos anos 60 em Inglaterra. Estão lá os mais famosos de sempre, os que gravaram e venderam dois discos conhecidos, etc..
Mas os livros, pelo menos para mim, são como as cerejas.
E farejando dentro da loja gostei de ver este:
Gosto muito deste grupo; além dos vários singles conhecidos, gosto bastante do Tommy (mas mais na versão com a London Symphony Orchestra) e do Quadrophenia (este estava na loja, aliás). 
Não resisti e comprei o livro. É bastante completo, grande (embora com muitas fotografias tem imenso texto, que é o que me interessa); e gosto, pronto.
Uma outra coisa que vi na loja foram uns isqueiros que eu quase jurava que eram da Zippo. Não eram mas sim de uma outra marca que não conhecia, Star. São iguais, à prova de vento, com o mesmo barulho de abrir e fechar a tampa (comparei logo com o meu) e, por fim, €20 ou €30 mais baratos que o Zippo.
Por último, a simpatia da dona, Cristina Martins, inexcedível.
Vale bem a pena ir a Cacilhas a esta loja.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Na capital

Estive há dias em Lisboa a tratar de uns assuntos.
Fiando-me na famosa (justamente) luz de Lisboa, levei comigo a máquina fotográfica.
Mas tive azar:
Como se pode ver, foi um dia sem luz.
Mesmo assim, lá dei uma volta pela cidade a pé (Almirante Reis, Martim Moniz, Baixa, etc.). Se calhar podia ter ido por outro caminho mais bonito mas era este o que eu tinha que fazer.
Finalmente, cheguei ao meu destino, ao pé da Casa dos Bicos:
Acho que nunca vi esta casa sem ser em obras; ora com um taipal, ora com um andaime, ora com um pedreiro, o que quer que seja.
Desde a XVII Exposição Europeia que acho que aquilo está em obras. E li hoje aqui que vai continuar em obras por mais um bocado de tempo, até Novembro ou Dezembro.


Também aproveitei para ir a Cacilhas (foi no barco para Lisboa que tirei a fotografia de cima) para comprar um livro. Mas fica para depois.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Um encontro promissor

Há tempos, falei aqui de A Conspiração Voronov e disse que nele havia uma referência, desta vez histórica, a um acontecimento que se veio a revelar, anos volvidos, de alguma importância.
A referência é esta (pp. 54 e 55): 
 Estamos no dia 6 de Julho de 1957 e o Prof. Mortimer está em Liverpool para falar com uma pessoa. Nesse dia havia festa na paróquia de St. Peter Church e como ele não sabia onde estava o respectivo reitor, perguntou a um rapaz que lá encontrou. Mas este rapaz era de mais longe, de Allerton, e foi um outro que indicou ao Professor onde estava o reitor.
 O prof. Mortimer encontrou o padre a conversar com um rapaz que tocava guitarra num palco:
 
Foi no dito dia que John Lennon e Paul McCartney se encontraram pela primeira vez; a partir daí ficaram amigos e fizeram umas canções juntos durante vários anos.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O Matateu

Este era o anúncio que o Almanaque de Maio de 1961 publicou do Mercedes 180D.
Foi um carro muito utilizado para táxi e foi aí que levou a alcunha «Matateu». Não sei a razão deste nome mas sei que havia um jogador da bola com nome igual.
Eram carros que faziam mais, bem mais, de 500.000km sem abrir o motor.
As edições Altaya estão a publicar a colecção dos carros da Mercedes e pedi a uns amigos que me arranjasse dois; este é um deles.
Tenho vários carrinhos que vou comprando algumas vezes pelas bombas de gasolina e já encontrei uns modelos que me dizem alguma coisa.
Com paciência, vou-os colocando por aqui.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Um dia no FB

Não estive bem um dia no feicebuque.
Criei a conta na 2.ª à noite e cancelei-a na 3.ª à noite.
Como amigos, pedi aos parente que fizessem o favor de o ser. Vários aceitaram e fique logo rodeado de gente.
Um espantou-se por me ver, outro perguntou se eu já jogava farmville (respondi que ia no nível 30), outro ainda pediu fotografias.
Ao fim da noite já estava cansado.
Na noite seguinte, já tinha mais coisas para ler e mais perguntas para responder; além disso apareceram várias pessoas (amigos dos amigos) que mal ou nunca vi.
Não gostei; reconheço que foi muito pouco tempo mas não fiquei com vontade de continuar.
Já é um milagre eu ter este tasco; quanto mais agora o feicebuque.
Em todo o caso, aqui fica uma coisa engraçada sobre o tema e que não é novidade nenhuma.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

V

Sou um grande fâ de Alan Moore e se este não é o melhor dele, há-de ser o segundo.
Claro que sou um imenso e fervoroso admirador do Watchmen mas este, ainda assim, é mais complicado.
Geralmente, gosto mais dos livros do que do filme (ainda estou à espera de O Historiador), mas parece-me que o filme desta vez é melhor que o livro.
É mais linear, é mais evidentemente político, é mais sinistro.
O livro, obviamente, é muito mais sinistro que o filme mas o enredo, o número de personagens é tal que o medo dilui-se; no filme é mais constante.
Por outro lado, a teia desenrola-se, no filme, de uma maneira clara, mais directa. A opressão está toda lá, o falso messias (que no filme se chama Adam Sutler e no livro Adam Susan), o polícia honesto (não drogado, mas pelo decurso da investigação, como no livro), o crime do envenenamento da água, da febre no colégio. 
Tudo é horrível, tanto no livro como no filme.
Mas eu adoro este livro e este filme.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Tese sobre Beatles

Esta mulher, Mary-Lu Zahalan-Kennedy, obteve um master's degree sobre Beatles, na Liverpool Hope University.

De acordo com esta notícia, trata da importância da música dos Beatles e do seu impacto na cultura ocidental.
Tenho vários e bons livros sobre eles mas nenhum de uma faculdade!
Se vier a ser publicada esta tese, talvez a compre.

Ao procurar este tema, fui dar a esta página onde se descrevem «20 coisas que não sabe sobre os Fab Four»; como era de esperar, conhecia-as quase todas.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Parede

A Parede é uma freguesia do concelho de Cascais.
Morei aqui cerca de 6 anos.
Morava num dos prédios que estão na fotografia, o quarto a contar de baixo, porta B, 2.º esquerdo.
Era conhecido por o Bairro da Caixa.
Hoje, raramente passo por lá; é mais fácil eu ir ao Murtal do que à Parede.
Mas não tenho nada contra a terra, pelo contrário. Há uns anos, fui lá almoçar, ao SMUP; comi um excelente bacalhau.
Mas tirando isto, quase nunca lá passo.

sábado, 22 de janeiro de 2011

«Cosmos»

A colecção Ciência Aberta, da Gradiva, dedica-se a livros de divulgação científica.
Tem um rol enorme de autores e de bons autores. Trata fundamentalmente de ciências experimentais, isto é, de ciência a sério: física, astronomia, biologia, etc..
Mas o melhor de tudo é Carl Sagan.
Este cientista ficou bem mais conhecido nos anos 80 por causa de uma série de TV chamada Comos (foi publicada, há uns anos, em DVD).
Naturalmente, um dos primeiros livros desta colecção que eu comprei foi o livro que teve por base  a série.
Ainda hoje o leio e releio e só tenho pena que não haja uma segunda edição actualizada com os conhecimentos de que actualmente dispomos. Estão lá duas frases absolutamente fantásticas: a ciência é um processo que se autocorrige; para afirmar factos extraordinário, temos de ter provas extraordinárias.
Mas o Carl Sagan não é só esse livro; felizmente, é muito mais. Tem ensaios sempre sobre a Humanidade; toda a sua visão do mundo tem como preocupação central a Humanidade; porquê, de onde, para onde.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tintin e a censura

Gosto muito do Tintim e sei algumas coisas sobre ele. 
Tenho uma biografia do Hergé e dois livros sobre o assunto: o Dicionário de Nomes Próprios e o O Sonho e a Realidade, de Michael Farr. De resto tenho a colecção toda dos livros publicados pela Verbo.
Gostava de ter as edições originais todas (só tenho Os Charutos do Faraó) e, particularmente, a 2.ª edição de A Ilha Negra.
Por aqui se vê o infindável do mundo de Hergé que me falta conhecer.
O desenho acima é o primeiro quadradinho do Tintim na América
Mas existe outro desenho:
Este foi publicado em Portugal em 1956.
Não quero nem posso contar isto; já está contado noutro local e que conta esta diferença na primeira pessoa.
Mas não podia deixar de registar aqui mais uma coisa que fico a saber a respeito deste herói.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Património

A passadeira em cima é um «site of national importance», conforme o decidido pelo governo britânico.
Seria só uma simples passadeira se não se tivesse dado o facto, no Verão de 1969, de os Beatles a terem atravessado e, com isso, conseguirem uma das melhores (e mais parodiadas) capas de LP.
Claro que há mérito do fotógrafo e de quem mais trabalhou nisto. Mas a verdade é que esta passadeira só é famosa por causa daqueles peões que estão ali fotografados.
Será muito difícil a Câmara de Londres (ou o equivalente) mudar as estradas daquela parte da cidade de maneira a que esta passadeira desapareça. É um património que não custa sustentar e que, em princípio, lá estará por muitos anos.
Em Portugal as coisas podem ser diferentes. E lembro-me disto a propósito de coisas (património, para alguns insubstituível) que se encontram por aí que deixaram de ter utilidade e nunca a voltarão a ter. O caso de cima é a linha do Sabor que encerrou em 1988.
Que é que se poderá fazer com isto? Alguém quererá pegar nisto, alguém será capaz de pegar nisto e tornar útil, benéfico, para os outros?
Não sei, não sou capitalista nem empresário; custa-me ver estas estações como estão (da do cruzamento de Freixo nem se fala) mas ainda vale a pena estarem ali?
Não sei.
É mais fácil manter uma passadeira numa rua duma cidade.