1 polvo fresco
1 cebola
Colocam-se o polvo e a cebola num tacho tapado.
Vai ao lume do fogão.
Quando a cebola estiver cozida, o polvo também está.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
terça-feira, 17 de julho de 2007
Bíblia
A capa do livro é igual à de outro livro qualquer. Mas o aviso é diferente e extremamente sério. O que acontece é que os ocidentais só sabem o que aprendem na catequese, o que é pouco; muito pouco. O Nonato ficou ofendido mas sem razão. É preciso ler o Antigo Testamento, que, ao fim e ao cabo, é só a história mistificada de um pequeno povo de uma pequena área da Ásia Menor. Foi uma história atroz, a frase mais comum foi «passaram a cidade a fio de espada».
Enfim, coisas.
Claro que o livro merece o rótulo que tem.
Enfim, coisas.
Claro que o livro merece o rótulo que tem.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Eça (nos blogues)
Já vi, várias vezes e com retrato e tudo, uma citação do Eça de Queiroz retirada de O Conde d’Abranhos. Na edição que eu tenho, e que será a mais comum (Livros do Brasil), tal citação vem na p. 114.
Reproduzo o parágrafo:
«Mas o Globo, jornal do Governo, teve esta saída resplandecente: “O Estandarte, jornal dos Bexigosos, escreve no seu artigo de ontem: ‘O governo não há-de cair — porque não é um edifício. Tem de sair com benzina — porque é uma nódoa!’ Este plágio é torpe: aquela frase foi escrita por nós, ipsis verbis, no n.º 1214 deste jornal, na ocasião em que os Bexigosos elegeram a câmara passada.»
Contudo, é muito mais interessante o conto que, na referida edição, se segue. Chama-se A Catástrofe (p. 195 e segs.).
Neste conto, Portugal é invadido por um país estrangeiro e onde antes, na actual Praça do Município, em Lisboa, estava um soldado português, agora está outro.
Apenas interessa sublinhar a caracterização que Eça faz do povo português: as fraquezas estão todas lá, as negligências, a confiança em que os outros farão o que é nossa obrigação fazer, o governo que «devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquitecto — tudo!». E mais alguma coisa.
Só uma coisa falha neste portuguesismo psicológico: o optimismo final.
Mas esse, será para outros.
Reproduzo o parágrafo:
«Mas o Globo, jornal do Governo, teve esta saída resplandecente: “O Estandarte, jornal dos Bexigosos, escreve no seu artigo de ontem: ‘O governo não há-de cair — porque não é um edifício. Tem de sair com benzina — porque é uma nódoa!’ Este plágio é torpe: aquela frase foi escrita por nós, ipsis verbis, no n.º 1214 deste jornal, na ocasião em que os Bexigosos elegeram a câmara passada.»
Contudo, é muito mais interessante o conto que, na referida edição, se segue. Chama-se A Catástrofe (p. 195 e segs.).
Neste conto, Portugal é invadido por um país estrangeiro e onde antes, na actual Praça do Município, em Lisboa, estava um soldado português, agora está outro.
Apenas interessa sublinhar a caracterização que Eça faz do povo português: as fraquezas estão todas lá, as negligências, a confiança em que os outros farão o que é nossa obrigação fazer, o governo que «devia ser o agricultor, o industrial, o comerciante, o filósofo, o sacerdote, o pintor, o arquitecto — tudo!». E mais alguma coisa.
Só uma coisa falha neste portuguesismo psicológico: o optimismo final.
Mas esse, será para outros.
Assinar:
Postagens (Atom)