Acabei de ler as memórias de Adriano Moreira. Naturalmente, veio-me à memória o O Novíssimo Príncipe (Intervenção, 1977).É daqueles livros que gosto sempre de ler em qualquer altura e não tenho que o ler todo para dele tirar prazer.
Tem frases belíssimas, simples na sua forma mas cheias de conteúdo.
O livro trata sobre o poder e, concretamente, sobre quem tomou conta do poder depois do 25 de Abril. Mas não só: o capítulo II tem por tema o «primado dos valores» e é sempre recomendável a sua leitura.
Do livro retiro algumas frases:
«A nossa época tem visto morrer homens aos milhões desde 1939, numa avalanche de violências sem precedentes: por serem russos, por serem húngaros, por serem checoslovacos, por serem irlandeses, por serem pretos, por serem brancos, por serem ibos, por serem judeus, por serem árabes. Não consta que habitualmente morram por serem proletários ou por serem capitalistas» (pp. 54-55).
O MFA nunca teve intenções de entregar o poder a terceiros. «O contrário é que seria novidade, porque não é da natureza das coisas que o poder seja tirado a uns para dar a outros, como nas histórias do bom ladrão» (p. 76).
Para acabar, uma das melhores:
«Nunca é demais lembrar que o Poder se reduz a essa coisa rude e sem subtilezas que é a capacidade de obrigar os outros a cumprir» (p. 105).
Tem frases belíssimas, simples na sua forma mas cheias de conteúdo.
O livro trata sobre o poder e, concretamente, sobre quem tomou conta do poder depois do 25 de Abril. Mas não só: o capítulo II tem por tema o «primado dos valores» e é sempre recomendável a sua leitura.
Do livro retiro algumas frases:
«A nossa época tem visto morrer homens aos milhões desde 1939, numa avalanche de violências sem precedentes: por serem russos, por serem húngaros, por serem checoslovacos, por serem irlandeses, por serem pretos, por serem brancos, por serem ibos, por serem judeus, por serem árabes. Não consta que habitualmente morram por serem proletários ou por serem capitalistas» (pp. 54-55).
O MFA nunca teve intenções de entregar o poder a terceiros. «O contrário é que seria novidade, porque não é da natureza das coisas que o poder seja tirado a uns para dar a outros, como nas histórias do bom ladrão» (p. 76).
Para acabar, uma das melhores:
«Nunca é demais lembrar que o Poder se reduz a essa coisa rude e sem subtilezas que é a capacidade de obrigar os outros a cumprir» (p. 105).