domingo, 4 de outubro de 2009

Não voto para a Câmara

Nas eleições autárquicas não discutimos o TGV, o aeroporto de Lisboa, o BPN e essas coisas. Discutimos o que nos é mais próximo no dia a dia (se os esgotos funcionam, se a rua está com bom piso, se não falta água nas casas, etc.). Há uma muito maior relação de proximidade entre nós e o resultado da eleição.
Por isso, posso ter uma razão puramente pessoal, comezinha, para votar neste ou naquele ou mesmo para não votar.
É isso que eu faço.
Há 2 anos e tal, quis fazer uma garagem para a minha Cachopa (a que está aí em cima). Fui à Câmara informar-me do que era preciso e logo me falaram em planta geo-localizada, em arquitecto, etc. Embora espantado, e pagando, cumpri esta parte. Mas depois começaram a pedir plantas de localização, de reservas e sei lá que mais.
Mas isto é só para uma garagem para uma mota.
Que é mesmo assim, desde que haja betão é como se fosse uma casa, etc..
A certa altura, falaram-me em «obra de pequena dimensão» e que não seria necessária tanta coisa. Fomos ver o regulamento municipal das obras e, para ser mais simples, a garagem tinha que ficar a 6m da parte de trás da casa.
Bom; eu tenho um quintal, não tenho uma quinta. Ou seja, não tenho 6m para trás.
Como não ia fazer a obra clandestina (embora muita gente me disse para fazer e pagar a multa depois), optei por outra coisa:
Trata-se de um abrigo da Maxmat onde cabem a Cachopa e mais uma série de coisas. Não entra chuva, é relativamente fácil de montar (levou um dia com um amigo carpinteiro, mas faz-se bem), a mota está lá muito bem, etc. e tal.
Por esta razão, não voto em qualquer Câmara que tenha um regulamento de obras que me impede que eu faça uma garagem porque tenho um quintal pequeno.
Quando mudarem o regulamento, talvez vote.

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