terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A campa de Salazar

Fiz um curto passeio por Tábua, Oliveira do Hospital, Santa Comba Dão e Coimbra.
Em Santa Comba, fui de propósito ao Vimieiro ver a terra de Salazar e, claro, a sua campa.
Sabia que era rasa, com uma cruz e as suas iniciais (A.O.S.). Ele podia ser o que queria mas era simples, sem ostentação.
Esperava, pois, campas rasas. Algumas são (as dos familiares mais chegados), a dele não.
São estas.
A do Salazar é a que tem o acrescento, feito por um António Lopes, de Torres Novas, e autorizado, suponho eu, pela Junta de Freguesia. O António Lopes é um fervoroso admirador de Salazar mas isso não justifica que se tire à sua campa a simplicidade que ele queria.
É um horror.
Como se não bastasse aquele acrescento no topo, na parede da frente foi colocada uma laje com dizeres e fotos do ditador.
Nesta laje faz-se menção de que Salazar era o mais humilde, modesto sem igual:
Então, porque estragaram tudo?
Porque não deixaram a campa rasa e simples como ela foi querida e originalmente criada?
Fiquei chocado com o que vi, pareceu-me um contra-senso.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Toponímia eborense

A cidade de Évora é, a todos os títulos, fantástica.
Seja pelas praças, pelas ruas, pelas casas; seja até pelos nomes das ruas.
Na impossibilidade de mostrar todos os nomes, aqui ficam três exemplos.
Não há-de ser difícil a razão deste nome.

Este também é obvio; ou melhor, nem tanto. Na verdade, a rua tem uma pequena inclinação mas daí a chamar-lhe rampa ainda vai um passo bem grande.

Este é só por curiosidade.


Tem graça notar as alterações toponímicas provenientes da república, isto é, os nomes que mudaram porque o regime mudou.
São várias, como é natural. deixo só uma por ser a mais gritante (só por causa do novo nome).
Mas ainda bem que têm o senso de mostrar o nome antigo. seria uma pena se o não fizessem.
Tudo muda mas não se apaga.