sexta-feira, 13 de abril de 2012

A arte do filme

Vi há dias, finalmente, o filme As Aventuras de Tintin. Gostei imenso.
É uma boa mistura de três histórias, é uma boa adaptação ao cinema. Claro que nada pode ser igual aos livros e achei muito bom o enredo criado. 
Porque gostei do filme, comprei o livro a seu respeito.
O livro tem aquela parte que detesto e que é habitual neste material: são todos muito amigos, deram-se todos bem, é toda uma composição de auto-elogio.
Mas tirando isto, que não era surpresa, o livro é interessante.
Mas houve duas coisinhas de que não gostei.
Indicam-se em inglês os cargos das pessoas que nele escrevem, embora no que toque ao produtor e ao director também se faça tal menção em português
Nas pp. 22-23 faz-se um resumo dos três livros que deram origem ao guião mas eles estão pela ordem errada. Isto causa estranheza atendendo à qualidade do autor (ligado à fundação Hergé) mas o certo é que em primeiro lugar deveria surgir O Carangueijo das Tenazes de Ouro, uma vez que foi neste episódio que Tintin e o Capitão se conheceram.
Também podiam saber um bocado mais sobre a criação dos livros.
Na p. 90, está o desenho acima e diz-se que é parecido com o supervisor de design e efeitos especiais da Weta, Richard Taylor. Sem dúvida.
Mas podiam (se calhar, deviam) saber que o caricaturado é Jacques Van Melkebeke, amigo, grande amigo, e colaborador de Hergé.
Mas adiante; gostei de tudo.

Por último: a Bianca Castafiore estava absolutamente divinal!

2 comentários:

David Magalhães disse...

"Mas podiam (se calhar, deviam) saber que o caricaturado é Jacques Van Melkebeke, amigo, grande amigo, e colaborador de Hergé".

Claro que deviam.
Dá um ar de desleixo e de falta de investigação cuidadosa fazer referência a uma parecença com uma pessoa que Hergé certamente desconhecia, mas ignorar o verdadeiro "modelo".
Cumprimentos amigos

Zé Dias da Silva disse...

Obrigado.
Não quis usar um tom demasiado imperativo mas a verdade é que deviam mesmo saber.