Ingredientes
5 ou 6 postas de bacalhau
azeite
alho
4 ou 5 homens fortes de braços
Colocam-se as postas num tabuleiro de forno e cobrem-se com azeite. Põe-se alho picado por cima.
Vai ao lume do fogão mas sem nunca pousar o tabuleiro; agita-se o tabuleiro para a frente e para trás, por cima da chama, durante cerca de 15 ou 20 minutos.
Quando o azeite estiver com aparência de maionese, o bacalhau está cozido.
Acompanha-se com batata.
quarta-feira, 27 de junho de 2007
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Liberdade de expressão
Os recentes acontecimentos que envolvem ABC devem levar os portugueses a reflectir muito.
Não basta dizer que estamos perante um atentado à liberdade de expressão só porque ele foi constituído arguido num processo que tem a ver com a licenciatura do primeiro-ministro. É preciso ler tudo o que ABC escreveu sobre este assunto para termos uma ideia de qual seja a atitude do PM. Também conviria saber, e por enquanto não o sabemos, qual o crime que lhe é assacado.
Eu não tenho um Código Penal porque não sou desta área — tenho, isso sim, uma Constituição e um Código Civil, que leio, porque entendo que são as leis básicas que qualquer cidadão deve conhecer.
Mas parece que isto anda à volta do crime de injúria e difamação.
Eu li os textos que ABC vem publicando sobre o assunto. Tenho vindo a lê-los há bastante tempo e há duas semanas atrás li-os todos de uma assentada.
Não vejo lá qualquer conteúdo que enxovalhe o PM.
O que eu vejo é, sempre, um esforço para tentar perceber o que se passa, ou passou, com a licenciatura do PM.O primeiro post é modelar: o ABC coloca as suas próprias dúvidas perante dados objectivos ( a carreira política do PM então, o percurso académico e, o mais fundamental a meu ver, o tempo). Vejo a tentativa de dar coerência e sentido `questão e vejo também que não há maneira de lhe dar qualquer coerência ou sentido.
Por outro lado, outras notícias se juntam e vão sendo comentadas por ABC. Estas notícias mais não do que sólidos alicerces para a dúvida que ABC começou por expor.
Não vejo, em tudo isto, qualquer insulto.
Já tenho visto noutros blogues insultos ordinários e baixos a figuras públicas; aqui não vejo nada disto.
Da mesma maneira que eu posso duvidar de uma medida governativa, da mesma maneira que posso avaliá-la, contestá-la — também posso duvidar que um indivíduo que se intitula engenheiro, com mestrado, o não seja porque os factos que tenho à minha frente só me permitem duvidar e não acreditar.
E isto é perseguido criminalmente?
Não tenho dúvidas que a atitude do PM é só repressiva. Não se trata de defender a honra ofendida (o PM nunca se mostrou ofendido com isto), trata-se só de reprimir, abafar, incomodar quem o incomoda.
E isto é intolerável.
Por isso, acho que os portugueses devem reflectir muito.
Não basta dizer que estamos perante um atentado à liberdade de expressão só porque ele foi constituído arguido num processo que tem a ver com a licenciatura do primeiro-ministro. É preciso ler tudo o que ABC escreveu sobre este assunto para termos uma ideia de qual seja a atitude do PM. Também conviria saber, e por enquanto não o sabemos, qual o crime que lhe é assacado.
Eu não tenho um Código Penal porque não sou desta área — tenho, isso sim, uma Constituição e um Código Civil, que leio, porque entendo que são as leis básicas que qualquer cidadão deve conhecer.
Mas parece que isto anda à volta do crime de injúria e difamação.
Eu li os textos que ABC vem publicando sobre o assunto. Tenho vindo a lê-los há bastante tempo e há duas semanas atrás li-os todos de uma assentada.
Não vejo lá qualquer conteúdo que enxovalhe o PM.
O que eu vejo é, sempre, um esforço para tentar perceber o que se passa, ou passou, com a licenciatura do PM.O primeiro post é modelar: o ABC coloca as suas próprias dúvidas perante dados objectivos ( a carreira política do PM então, o percurso académico e, o mais fundamental a meu ver, o tempo). Vejo a tentativa de dar coerência e sentido `questão e vejo também que não há maneira de lhe dar qualquer coerência ou sentido.
Por outro lado, outras notícias se juntam e vão sendo comentadas por ABC. Estas notícias mais não do que sólidos alicerces para a dúvida que ABC começou por expor.
Não vejo, em tudo isto, qualquer insulto.
Já tenho visto noutros blogues insultos ordinários e baixos a figuras públicas; aqui não vejo nada disto.
Da mesma maneira que eu posso duvidar de uma medida governativa, da mesma maneira que posso avaliá-la, contestá-la — também posso duvidar que um indivíduo que se intitula engenheiro, com mestrado, o não seja porque os factos que tenho à minha frente só me permitem duvidar e não acreditar.
E isto é perseguido criminalmente?
Não tenho dúvidas que a atitude do PM é só repressiva. Não se trata de defender a honra ofendida (o PM nunca se mostrou ofendido com isto), trata-se só de reprimir, abafar, incomodar quem o incomoda.
E isto é intolerável.
Por isso, acho que os portugueses devem reflectir muito.
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Autoridade e competência
São ideias distintas.
A autoridade é uma qualidade reconhecida por outros que qualquer pessoa pode ter e em função da qual os orienta; a sua opinião ou as suas palavras são acatadas, são ouvidas e ponderadas. Não precisa de lei para se impor, basta-lhe a sua autoridade para convencer.
De modo diferente, a competência é o poder de fazer coisas obrigando os outros e vem da lei. A competência é obrigatória e coactiva; o que, nos termos da competência, se decidir deve ser acatado e será acatado com o recurso à força se necessário. A lei é que diz quem é que pode mandar isto ou nisto e nada tem que ver com as concretas qualidades dos concretos sujeitos a quem dá a competência. É uma coisa puramente formal.
Em Portugal, esta distinção está quase finda. Por força da igualdade nivelada (voltarei a isto), todos temos autoridade o que acaba por redundar na realidade de que nenhum de nós tem autoridade (o reconhecimento entre iguais é inócuo). Precisamente por causa disto, agora, o que interessa é a competência. E esta, tê-la-ão apenas aqueles a quem a lei conferir.
É pena, porque o reconhecimento da autoridade permite que esta actue onde a competência não chega ou não tenha tempo para actuar.
Na sua base deste assunto está o respeito.
Mas sobre isto não falo porque, nestes meses, ele anda confundido com o «respeitinho que é muito bonito».
A autoridade é uma qualidade reconhecida por outros que qualquer pessoa pode ter e em função da qual os orienta; a sua opinião ou as suas palavras são acatadas, são ouvidas e ponderadas. Não precisa de lei para se impor, basta-lhe a sua autoridade para convencer.
De modo diferente, a competência é o poder de fazer coisas obrigando os outros e vem da lei. A competência é obrigatória e coactiva; o que, nos termos da competência, se decidir deve ser acatado e será acatado com o recurso à força se necessário. A lei é que diz quem é que pode mandar isto ou nisto e nada tem que ver com as concretas qualidades dos concretos sujeitos a quem dá a competência. É uma coisa puramente formal.
Em Portugal, esta distinção está quase finda. Por força da igualdade nivelada (voltarei a isto), todos temos autoridade o que acaba por redundar na realidade de que nenhum de nós tem autoridade (o reconhecimento entre iguais é inócuo). Precisamente por causa disto, agora, o que interessa é a competência. E esta, tê-la-ão apenas aqueles a quem a lei conferir.
É pena, porque o reconhecimento da autoridade permite que esta actue onde a competência não chega ou não tenha tempo para actuar.
Na sua base deste assunto está o respeito.
Mas sobre isto não falo porque, nestes meses, ele anda confundido com o «respeitinho que é muito bonito».
domingo, 17 de junho de 2007
Nome
Embora já leia blogues há dois ou três anos, só agora comecei um.
Enganei-me e pus-me a assinar com o nome do blogue em vez de ser com o meu nome.
Ele não é muito bonito mas eu gosto dele porque é meu e é muito português.
Enganei-me e pus-me a assinar com o nome do blogue em vez de ser com o meu nome.
Ele não é muito bonito mas eu gosto dele porque é meu e é muito português.
sábado, 16 de junho de 2007
Assinar:
Postagens (Atom)