Tive a sorte de começar a ler cedo e de lhe ter apanhado o gosto.
Claro que primeiro, além dos livros da escola, foi a banda desenhada. Lia tudo o que apanhasse quer fosse dos irmãos mais velhos quer dos amigos.
O primeiro livro a sério que li foi, como acho que não podia deixar de ser, dos Cinco (Nova Aventura dos Cinco).
Mais tarde fui lendo os outros da mesma colecção e comecei a ler os Sete.
Gostei menos mas ainda assim lá os li.
Mas houve uma colecção que me encheu as medidas: Gente Grande Para Gente Pequena.
São pequenas biografias de pessoas tão variadas como Luís de Camões, Fernão de Magalhães, Serpa Pinto, Gutenberg, Wagner, Madame Curie, etc. e tal.
O seu autor era Adolfo Simões Müller e escrevia para crianças e jovens (vim depois a saber que a ele se deve a apresentação de Tintin em Portugal).
De toda a colecção, os que mais me impressionaram e os de que mais gostei, foram O Capitão da Morte, O Grande Almirante das Estrelas do Sul e O Homem das Mil Invenções.
O primeiro trata de Robert Scott, o segundo homem a chegar ao Polo Sul e que morreu perto desse local e nessa expedição.
Claro que não se fala do mau feitio de Scott, antes se enaltece a vontade de vencer e para mais na derrota.
O segundo trata de Gago Coutinho, o aviador que, juntamente com Sacadura Cabral, fez a viagem Lisboa-Rio de Janeiro em 1922 de avião. Melhor será dizer de «aviões» pois que foram utilizados três aparelhos.
O terceiro trata de Tomás Edison, o genial inventor.
Acho que foi deste livro que gostei mais. Lembro-me da parte em que ele é salvo por um homem do comboio (onde tinha instalado já o seu laboratório) agarrando-o pelas orelhas e lembro-me também da parte em que ele aceita fazer um anúncio a uma casa de chá: só tinha que estar na montra a beber chá constantemente e a sorrir o tempo todo!
Mais haveria a dizer mas agora fica só a capa de O Capitão da Morte
Boas leituras!
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