Acabei de ler a biografia de Marcello Caetano.
Não é bem uma biografia mas antes um conjunto de comentários e factos a respeito de uma pessoa. Como biografia, parte de um pressuposto singular: que o leitor conheça já a vida do biografado. Ou seja, quem não a conhecia e lê este livro pouco mais fica saber.
Existem três ou quatro erros sem grande importância mas que são irritantes e mostram falta de atenção. Por exemplo: falando de Timor (e logo de Timor, que fica no Pacífico), a autora diz duas vezes (88 e 90) que a 2.ª GG acabou em Maio de 1945. Não é certo.
Fala, a certa altura, e talvez por graça (não se percebe o contexto) ou apenas a título de curiosidade, do «marcelino»; mal pois que o nome, conforme sabe António Miguel Trigueiros (p. 196), é «marcelinho».
Da vida académica de MC pouco é, realmente, contado. Aliás, não deixa de ser curioso que a autora publique cópias das capas de alguns livros mas não a daquele que o iria tornar uma figura ímpar do se. XX português (e não apenas político):
Não é bem uma biografia mas antes um conjunto de comentários e factos a respeito de uma pessoa. Como biografia, parte de um pressuposto singular: que o leitor conheça já a vida do biografado. Ou seja, quem não a conhecia e lê este livro pouco mais fica saber.
Existem três ou quatro erros sem grande importância mas que são irritantes e mostram falta de atenção. Por exemplo: falando de Timor (e logo de Timor, que fica no Pacífico), a autora diz duas vezes (88 e 90) que a 2.ª GG acabou em Maio de 1945. Não é certo.
Fala, a certa altura, e talvez por graça (não se percebe o contexto) ou apenas a título de curiosidade, do «marcelino»; mal pois que o nome, conforme sabe António Miguel Trigueiros (p. 196), é «marcelinho».
Da vida académica de MC pouco é, realmente, contado. Aliás, não deixa de ser curioso que a autora publique cópias das capas de alguns livros mas não a daquele que o iria tornar uma figura ímpar do se. XX português (e não apenas político):
Entre 58 e 68, MC foi o que melhor podia ser: professor. Mas sobre isto, no capítulo intitulado «Magnífico Professor», a autora apenas reproduz o depoimento de algumas pessoas. Nada conta sobre o que ele foi escrevendo, as conferências que deu, as investigações que levou a cabo, etc. Ficamo-nos só e muito pela rama.
Ainda neste âmbito profissional, teria interesse saber algo mais do que o próprio conta nas suas Memórias e que a autora reproduz no livro (p. 62-63). Por exemplo, que professores compunham o júri, qual o seu percurso político, qual a sua atitude face à Ditadura. Ficaríamos a conhecer melhor a FDL de então e perceberíamos melhor o interesse destas provas. Também a respeito do encerramento desta faculdade, a autora nada diz; apenas o refere. Da mesma maneira a greve ao estágio: as razões, as pessoas, os factos.
Eu seu que eu não faria melhor; mas de certeza que não chamaria a isto uma biografia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário