quarta-feira, 24 de abril de 2013

Escher

M. C. Escher é um dos artistas cujas obras nos espantam sempre. 
São desenhos de realidade irreal, de construções que não estão bem certas e que, ainda assim, nos parecem completamente certas.
Escadas que sobem e descem no mesmo plano, água que sobe canais para voltar a descer e, surpreendentemente, voltar a subir pelo mesmo caminho.
Comprei este livro há bastantes anos; é escrito pelo próprio desenhador e nele descreve alguns dos seus mais famosos trabalhos. São 76 desenhos a respeito dos quais ele explica qualquer coisa: o que queria, o que representam, o que significam.
Os seus trabalhos mais famosos são a casa das escadas e a relatividade.
Tudo isto é confuso, não joga bem, é incongruente. No entanto, ele explica bem:
"Quase toda a metade superior da estampa é a imagem reflectida da metade inferior. A esquerda superior, onde um bicho-rolapé desce da esquerda para a direita, reflecte-se duas vezes: no meio e no lado inferior. Na escada, no canto superior direito, neutraliza-se a oposição entre subida e descida: duas fileiras de bichos avançam lado a lado; contudo, uma sobe, enquanto a outra desce".

O outro desenho é diferente mas a lógica muito relativa é a mesma:

"Três planos de gravitação agem aqui verticalmente uns sobre os outros".
"Dois habitantes de mundos diferentes não podem andar, sentar-se ou ficar de pé no mesmo solo, pois a sua concepção de horizontal e vertical não se conjuga. Eles podem, contudo, usar a mesma escada".

Claro que isto pode levar a comparações, as que quisermos. Vivemos todos juntos e, mesmo assim, não estamos no mesmo plano?

Não interessa.

O que tem graça é o aproveitamento (também inteligente e artístico) que se faz de Escher:
Este é um desenho de Robert Leighton, publicado aqui

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Prova de vinhos

Fui outro dia a uma prova de vinhos da Ervideira, cuja quinta fica no concelho de Reguengos de Monsaraz.
Não estou habituado a estas coisas mas gostei bastante.
Os vinhos foram: espumante, branco, tinto e rosé.
O branco era fabuloso e, pasme-se, feito de uva preta!
Coisas que uma pessoas aprende.
A comida que acompanhou as bebidas era a chamada comida de autor. Estava boa mas às vezes é mais a apresentação que o resto.
Por isso fiquei contente por saber que vai haver um outra prova de vinhos do mesmo produtor num restaurante que eu conheço e de que gosto.
Trata-se do restaurante Dom Joaquim, em Évora.
Vai ter mais dois tipos de vinho e a comida será alentejana.
Mesmo que também aqui a cozinha possa ser, neste evento, demasiado sofisticada, o certo é que eu espero que os sabores estejam todos lá.