sábado, 2 de janeiro de 2010

Paredes

Morei aqui quase um ano, na casa que a seta amarela (mal feita, claro) indica. Já pertencia ao concelho de Penafiel (ou Paredes de Cima, como diziamos), o que não era difícil pois as terras aqui são todas em cima umas das outras. Para quem tinha vindo do Alentejo, como eu, estas distâncias curtas (6km para Penafiel, 12km para Paços e Lousada, etc.) faziam-me impressão.
Não gostei de lá ter vivido; era muito serrim. Mas aproveitei e conheci a zona. Passei por Entre-os-Rios, Amarante, Marão e, claro, o Porto. Foi quando eu conheci melhor esta cidade.
A minha casa era engraçada:
Tinha uma vista calma sobres os campos a descer para o Rio Sousa. De Inverno, quando abria a janela da cozinha, estava tudo coberto de geada.
Mas o pior era o resto.
A renda era barata por uma boa razão: a casa não tinha água quente!
Até Janeiro ou Fevereiro, ainda tomei banho de água fria (depois de ver a tal vista e arrepiar-me um bocado) mas houve um dia em que apanhei um tamanho susto que tive de parar. Senti o coração a contrair-se todo, a apertar-se em si mesmo. Lá consegui fechar a água, pegar na toalha e friccionar o músculo. Depois fiquei bem.
Ainda hoje não gosto muito desta zona. Às vezes passo lá mas é só mesmo de passagem.
É nesta terra que vão erguer um mastro com 100m de altura, com a Bandeira Nacional na devida escala, e que custará qualquer coisa como um milhão de euros. Enfim.
Sobre isto o Funes já disse o que tinha que ser dito.

Nenhum comentário: