Comprei-a em Abril e vendi-a em Dezembro do ano seguinte com 62.000Km.
Claro que quando foi a hora de trocar, o concessionário da Renault tirou-lhe 30.000Km!
Como se pode calcular, fartei-me de fazer viagens com ela. Para chegar a casa demorava 7 horas e alguns fins de semana chegava a fazer 1200Km.
Uma das viagens aventureiras (ou tolas) foi da Vide para a Torre. Ao passar por cima de Loriga, vi uma seta que indicava: «Torre». Claro que me meti por esse caminho que não era estrada coisa nenhuma. Era um caminho de pedras, de fragas, sempre a subir, a 4L ia pondo uma roda num sítio, depois era a outra roda, etc..
O céu começa a escurecer com nevoeiro (foi em Dezembro) mas ela vai sempre subindo, sempre subindo.
Finalmente, chego ao pé da Torre que estava como se pode ver:
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Isto estava tão mau (entretanto chegou a noite) que passei o cruzamento para Manteigas sem o ver.
Mas lá cheguei a casa pela 1 da manhã.
Numa outra vez, pelas 11 da noite, estava a descer o Buçaco quando de repente fico sem luz nenhuma! Apanhei um susto levado da breca.
Felizmente, ia muito devagar e, quando desfaço a curva, a luz volta. Mais um pedaço para diante, acontece a mesma coisa. E depois passou. Não sei o que lhe aconteceu mas pregou-me um susto valente.
Mas todo o peru tem o seu Natal e veio o dia em que troquei a 4L por um carro topo de gama!
Este:
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É claro que não é isso que eu disse mas para mim era um luxo.
Tinha vidros eléctricos, comando de abertura das portas, sei lá que mais.
Tive-o durante dois anos e foi vendido com 68.000Km. Mais uma vez, a Renault tirou-lhe 30000Km.
Deve ser hábito.