quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Presépios

São como os chapéus: há muitos.
Neste blog, já inactivo, podem ver-se vários.
Vou postar aqui três que vi em casas por onde passei.
São todos diferentes mas engraçados.
Para mim, o mais giro é o último.
Primeiro, o da playmobil:



Não fazia ideia de que houvesse este modelo, mas .
O fio de luzes LED dá-lhe um ar frio mas bonito.

Outro é muito tradicional:



Tem só a curiosidade de a gruta ser feita com basalto.

Por último, o do aquário.
Acho este muito engraçado:
O presépio está mesmo dentro do aquário!
E os peixes também!

Como é próprio de uma caixa destas, com água, a vista dela de vários ângulos traz efeitos surpreendentes.
Por hoje, chega.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Arrepios

Claro que tudo pode acontecer. Até isto não será invulgar:
Como não será invulgar que pessoas se matem com medo do que por aí pode vir.
Por mim, se é para acabar com o mundo, prefiro o Grande Botão Vermelho.
É divertido e não magoa.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Grândola

Morei nesta terra duas vezes.
Da primeira, de Outubro a Junho, altura em que fui para Paredes.
Passados uns anos, voltei a lá morar, de Setembro a Abril (fui, então, para a Ribeira Grande).
Já conhecia o Alentejo, particularmente esta zona.
Gostei imenso tal como ainda hoje gosto.
Embora morasse em Grândola, trabalhava em Santiago; ia e vinha (primeiro na Mini Ima e depois na 4L) todos os dias o que foi bem útil para aprender a conduzir. Seguia sempre pela serra pois tinha menos trânsito e mais curvas.
Da segunda vez já trabalhava mesmo na terra pelo que andava menos. 
Mas, ainda assim, fartei-me de correr aqueles caminhos. 

Actualmente, vou lá poucas vezes mas ainda gosto de sentir aquele calor de Verão, calmo, pachorrento.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A realidade da aparência


É conhecida a expressão, de um discurso de Salazar, de que em política o que parece é.
A frase não é bem esta e não vem mal ao mundo citá-la integralmente.
É de um discurso de Março de 1938, proferido por ocasião da posse dos dirigentes das Comissões da UN (Central, Executiva, Junta Consultiva e Propaganda). Este discurso está publicado no vol. III, a páginas 25-38.
A frase é esta (p. 27):
"A verdade porém é que polìticamente tudo o que parece é, quere dizer, as mentiras, as ficções, os receios, mesmo injustificados, criam estados de espírito que são realidades políticas: sobre elas, com elas e contra elas se tem de governar".

A imagem, porque não tive paciência para copiar a capa do livro que eu tenho, é daqui.


sábado, 24 de novembro de 2012

Os meus Zippos

dois anos cansei-me de comprar isqueiros que não prestavam.
Decidi-me por arranjar um Zippo.
Logo uns amigos ofereceram-se dois (um é uma réplica do original de 1932).
Depois, muito simplesmente, comecei a comprá-los conforme o tema.
Agora tenho estes:
São dez  e ainda falta um que está fora de casa.
Gosto deles todos mas mais dos dos Beatles e o de ouro que me foi oferecido recentemente.
Tanto quanto sei, trata-se de uma edição limitada que um amigo conseguiu comprar no ebay.
Embora tenha procurado textos sobre ele, não encontrei nada.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Perto de Montemor

Nos meus passeios para Évora, às vezes paro nas áreas de serviço para tomar um café e fumar um cigarro.
Não tenho um local de preferência, pode ser um qualquer.
Outro dia parei na área de serviço de Montemor-o-Novo e deparei-me com uma estátua em que nunca tinha reparado:
Chama-se O Conquistador e é da autoria de Jorge Pé-Curto.
À primeira vista é uma estátua esquisita, surpreendente. Mas olhando para ela de vários pontos, olhando para ela várias vezes, acaba-se por gostar.
O que é desconcertante nela, a meu ver e num primeiro contacto, é o facto de ter duas cabeças ou, pelo menos, assim parecer.
O guerreiro está com uma cara séria, determinada. A outra cara, que seria, eventualmente, uma cota de malha, pelo contrário, é sorridente, pacífica. Parece que está consolado.
Procurei coisas sobre o autor e encontrei isto e isto.
O primeiro é um conjunto de trabalhos do escultor, todos na mesma linha estética.
O outro é um texto sobre o autor (tem um erro tolo ao dizer que é em plena A-2; claro que não é e um mínimo de cuidado imporia que se dissesse que é na A-6).
Mas isto agora não interessa nada.
Vale a pena passar pelo local.

sábado, 27 de outubro de 2012

Euros falsos

Claro que não me refiro a notas ou moedas de euro falsificadas, fabricadas ilegalmente.
Refiro-me antes a outras moedas que são bastante parecidas com as moedas de euro.
A mais conhecida é a turca; são várias as moedas deste país que têm um desenho e uma configuração, tal como dimensões, bastante semelhantes com as nossas moedas.
Esta é um bom exemplo.
É bastante usada, para desespero dos comerciantes, nas máquinas de cigarros, sumos, etc..

Outro dia, um empregado de um café queixou-se que tinha recebido uma moeda como se fosse uma moeda de €2. Pedia para a ver e pensei logo que fosse uma das turcas.
Dei-lhe €2 por ela para ele não ter prejuízo e fiquei com ela:
Vi logo que não era turca, ao contrário do que tinha pensado inicialmente.
Fartei-de me procurar e acabei por encontrar: é uma moeda tailandesa de 10 baht, que tem numa face o templo do amanhecer ou Wat Arun e na outra a esfinge do Rei Rama IX.

Nada mau para quem não colecciona moedas mas que se limita a juntá-las.

Outro dia recebi uma de 50 cêntimos de Malta.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Efemérides

Hoje, o último 5 de Outubro feriado, existem algumas coisas para festejar.
Desde logo, a implantação da República (ou da rês pública, como me escreveu um amigo) em 1910.
Mais importante, é também o dia da celebração da Convenção de Zamora por meio da qual Portugal foi reconhecido como um País independente por Castela, em 1143, há 869 anos.
Mas existe outra razão para comemorar.
É esta: 



Faz hoje 50 anos que foi publicado o primeiro single dos Beatles, Love Me Do.
Não foi um grande sucesso, claro, mas o melhor, muito melhor, estava para vir nos oito anos seguintes.
A música mudou toda, o mercado mudou todo, os espectáculos mudaram todos.
Os próximos oito anos, por causa disto, vão ser um inferno e advinha-se porquê.
Em 23 de Agosto de 2013, vai fazer 50 anos que foi publicado o single She Loves You; em 15 de Agosto de 2015, vai fazer 50 anos que aconteceu o concerto no Shea Stadium; em 1 de Junho de 2017, vai fazer 50 anos que foi publicado o album Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band; e por aí fora, por aí fora, até Maio de 2020.
Mas, vá lá, é por uma boa causa.

sábado, 29 de setembro de 2012

Mistérios da 2.ª circular

De vez em quando passo pela 2.ª circular de Lisboa.
Às vezes tenho sorte, outras nem tanto.
É espantoso como se pode fazer aquele caminho em 10 minutos ou em 45 minutos!
Há sítios crónicos onde o trânsito abranda o que faz logo recear que a partir dali é para esperar muito. Mas isso não acontece; passado um instante, o trânsito flui.
Há várias razões para isso; as melhores são as duas últimas indicadas aqui.

Seja por uma razão ou por outra, o certo é que nunca se sabe quanto tempo iremos gastar ao entrar naquela estrada.
Porque não tenho muita paciência para tanto, prefiro ir pela CRIL que, finalmente, está completa.
Ando mais uns km mas vale a pena.

As fotografias são daqui e daqui.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Hugo Pratt em Évora

A Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, tem uma exposição de desenhos de Hugo Pratt.
Ele foi, como é sabido, o criador de Corto Maltese, uma das figuras mais especiais da banda desenhada.
A exposição tem bastantes coisas para ver; desde simples desenhos a tinta da china, aguarelas, guache.
Tem também como não podia deixar de ser, diversas pranchas dos livros, umas coloridas, outras a preto e branco.
Mas o desenho de que gostei mais foi este:
É um guache fabuloso, dá uma enorme impressão de profundidade, quase como se fosse em relevo.
Nada disto está para venda e ainda bem. Acabaria por gastar dinheiro e não é altura para isso.
Próximo do local da exposição, logo abaixo, existe uma loja, que é da Fundação, onde se podem comprar algumas coisas relacionadas com as duas. Desde posters de Corto Maltese a garrafas de bom vinho.
Vale muito a pena ir lá.

domingo, 16 de setembro de 2012

Ausências

Estive ontem a ver notícias sobre as manifestações pelo País fora.
Estive a ver as imagens que iam passando, vi as fotografias nos jornais, reparei em quem era entrevistado pela TV, etc. etc., etc..
Em particular gostei desta imagem por ser do Funchal; tirei-a daqui.

Mas o que eu queria dizer é que não encontrei no meios dessas pessoas todas (ou mesmo que fosse ao lado) o Sócrates, o Paulo Campos, o Mário Lino e outros.

O Teixeira dos Santos é que não contava mesmo encontrar. 
Espero que esteja em casa a escrever as suas memórias, designadamente, o capítulo que vai de Setembro de 2010 em diante, até à demissão do Governo.


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O Mercedes Carocha

Daqui a 10 dias é feita a apresentação do Mercedes Citan, um furgão que tem por base o Renault Kangoo.
Gosto bastante do Mercedes e do Kangoo mas nunca pensei que eles se pudessem encontrar, ou melhor, que este viesse a ser um modelo para aquele.
Trata-se, como é óbvio, de uma parceria entre as duas marcas e que permite à Mercedes meter-se num determinado espaço de mercado. Aliás, esta parceria vai ao ponto de o futuro MB A vir a ser equipado com o 1.6 D da Renault
Não adivinho o resultado disto (um furgão de luxo?) mas o certo é que o carro não deixa de ser tentador.
Mas não é esta a primeira vez que a Mercedes vai buscar um desenho alheio.
Foi o que se passou com o MB 170 H:

Este modelo é de 1936 e tem por base, como facilmente se nota, o VW Carocha, conforme os primeiros esforços de Ferdinand Porsche.
O que se passou foi que a Associação de Construtores de Automóveis da Alemanha autorizou a Porsche a fabricar três protótipos do modelo; como não ficaram prontos a tempo, a Associação declarou que o VW podia ser construído em esforço comum pelos seus membros, incluindo a Mercedes.
O que esta fez.
Podem ver-se aqui outras fotografias do MB 170 H.

domingo, 26 de agosto de 2012

No poço dos monços

Fica situado, mais ou menos, em 39º26'04'' N 31º13'56'' O.
Nele desemboca uma ribeira que cai por uma cascata bem alta, como, creio, se pode aperceber pela fotografia:
O acesso não é difícil mas é cansativo. Temos de andar, geralmente, por um trilho mais ou menos escondido, mas também temos de passar por um zona com muita turfa alta. Isto significa que temos de estar sempre a levantar e a baixar as pernas, como se de uma marcha de ganso se tratasse.
Mas vale a pena o passeio quanto mais não seja pela beleza da cascata e do poço:
O pior é, claro, que a água é gelada como é próprio de uma ribeira e difícil de nadar nela porque é água doce.
Não vale pelo banho; vale mesmo é pelo lugar.

domingo, 19 de agosto de 2012

O meu iBag

Geralmente carregamos muitos objectos conosco; é a carteira, o telefone, as chaves e tudo o mais que se possa imaginar.
Não damos conta disso porque temos bolsos para neles colocar essas coisas todas.
Mas no Verão a situação torna-se diferente.
Se por um lado, usa-se, geralmente, uns calções com vários bolsos, por outro usamos T-shirts sem bolsos.
Ou seja, fica tudo atravancado.
Por isso, arranjei um iBag:
É fácil de usar, leva muita coisa, cabe lá tudo; enfim, só vantagens.
Eu sei que existem outros mais estilosos mas este tem a qualidade de se poder conseguir em qualquer sítio e de não ser caro.
É muito simples trabalhar com ele.
Para desbloquear, basta afastar as alças uma da outra. Logo fica aberto e podemos tirar ou colocar as coisas que quisermos. Para bloquear, é só juntar as alças.
Para desligar completamente, juntam-se as alças e dão-se umas voltas com a base do iBag, ficando ele com o seguinte aspecto:
Simples, não é?
Por último, é muito fácil personalizarmos o iBag. As capas existem em grande número e são de borla.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Um livro engraçado

Trata-se de um livro recente, de 2011, que tem por objectivo contabilizar os mortos das guerras conhecidas.
Nesta guerra ou naquela, quantas pessoas morreram? Qual foi a guerra mais mortífera?
Em termos singulares, qual foi o governante que matou mais? E qual foi a ideologia cuja prática causou mais mortes?
Começa com a Segunda Guerra Pérsica e termina com a Segunda Guerra do Congo.
Sem grandes surpresas, constata-se que a 2.ª Guerra Mundial foi a que causou maior número de mortos, seja em combate, seja noutras circunstâncias (fome, campos de concentração, etc.).
Também se toma boa nota de que a ideologia que mais gente matou foi o comunismo.
É um livro que se lê facilmente, bem escrito (embora com uma revisão por vezes pouco cuidada) e certeiro em alguns pontos.
Pode ser lida aqui uma crítica do livro.
Mesmo que não seja o supra sumo da exactidão, os seus números não andarão longe da verdade.

sábado, 14 de julho de 2012

Wolf 3D

Este é um dos melhores jogos de sempre; pelo menos para mim.
Pode não ser o melhor, claro, mas é o que começou o mundo dos jogos FPS para PC.
Todos os outros vêm na sequência deste.
Foi feito pela ID Software, a mesma empresa que fez, mais tarde, o Doom, Doom 2, e Final Doom.
Em 2004, com recursos a muitas novas tecnologias, fez o Doom 3, ainda hoje um jogo espectacular.
Pode ser visto, completo, aqui.
Mas o inicial é sempre o Wolf 3D.
Há já bastante tempo que o queria jogar outra vez e fiquei bem contente quando soube que existe uma versão para o iPad.
Existe uma versão, não; é mesmo o jogo original, todo completo e ainda com alguns episódios do Spear of Destiny.
Claro que já fiz os níveis todos mas ainda assim há alguns que não consigo completar (descobrir todos os segredos, matar todos os inimigos e apanhar todos os tesouros).

quarta-feira, 4 de julho de 2012

DHP


O mui republicano Dicionário de História de Portugal, dirigido por Joel Serrão, continua a ser uma grande ferramenta de ensino e de curiosidade.
É o primeiro do género em Portugal e ainda é uma obra de vulto. Claro que entretanto ultrapassada mas a verdade é que muitas das bases estão aqui.
Mais recentemente surgiram três volumes de suplemento que tratam dos acontecimentos desde a Ditadura Militar até ao presente. Tem bons artigos; um deles, sobre Marcello Caetano, deve ser a única coisa de jeito que o Vasco Pulido Valente escreveu.
Por baixo estão uns carrinhos que vou juntando pelas bombas de gasolina. Apenas não tive o Dyane; mas, também, para quem teve três 4 L o que é que isso interessa?

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Humor alentejano

Todos conhecem anedotas de alentejanos.
Ou porque são lentos a agir e a pensar, ou porque são rápidos a responder, ou porque são parados, etc.
Geralmente, os alentejanos saem a ganhar nas anedotas, mais ainda quando o confronto é com um lisboeta.
Mas onde eles têm mesmo sentido de humor é na sua gastronomia, por incrível que pareça.
O Alentejo esteve cerca de cinco séculos sob domínio muçulmano e, claro, sujeitos às leis do Islão.
Umas vezes a bem, outras a mal, foram todos vivendo sob esta lei.
Como é sabido, o islamismo (tal como o judaísmo) proíbe que se coma carne de porco.
E como é sabido também, os alentejanos adoram carne de porco!
É as migas, os pézinhos de coentrada, os secretos e as bochechas de porco preto, e o que mais houver.
Parece-me genial esta amostra de humor por parte de quem, durante tanto tempo, estava impedido de comer porco.
Ou será só uma vingança?

A fotografia é daqui.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Canecas

Em minha casa gostamos todos de canecas. Não me refiro a canecas de cerveja (prefiro o líquido da garrafa) mas sim às de pequeno almoço. Claro que também servem para beber café ou chá mas geralmente são usadas para beber leite.
Hoje comprei esta:

Passei na FNAC à procura de nada e encontrei esta caneca de que gostei bastante. Trata-se de uma fotografia do Fab Four num dos quase últimos espectáculos na Cavern, em Dezembro de 1962, já depois de publicado o primeiro single. Não foi bem um dos últimos pois eles actuaram aí, pela derradeira vez, em Agosto de 1963.
Já há tempos tinha comprado outra:
Esta tem todas as capas dos LP's além dos símbolos da Apple e do Sgt. Pepper.
Comprei-a para mim mas não resisti quando tive a ideia de a oferecer a uma amiga, que gosta tanto deles como eu.
A coisa engraçada disto é que foi por pura coincidência que comprei a caneca no dia de hoje; Paul McCartney faz neste dia 70 anos.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sobre os feriados




Vi aqui, finalmente, o que a Assembleia da República aprovou e que diz respeito aos feriados, isto é, àqueles que foram abolidos.
Trata-se de uma alteração ao Código do Trabalho, ao artigo que tem a lista dos feriados nacionais.
Já tinha lido nos jornais e em blogues sobre isto mas nada melhor que ver as coisas onde elas realmente devem estar de forma a não laborar em erro. Nem tudo o que vem nos jornais é verdadeiro; geralmente, trata-se do diz que disse e não do que é.
Mas adiante.
São suprimidos da lista os dias 5 de Outubro e 1 de Dezembro.
Que o Governo queira acabar com alguns deles acho muito bem; sempre pensei que havia demasiados. O curioso nisto é que foram logo aos feriados mais nacionais, os que mais têm que ver com Portugal enquanto Nação, enquanto Estado.
É verdade que o primeiro deles apenas era festejado por ser o dia de uma mudança de regime (algo muito político mas pouco nacional). No entanto, e existem coincidências, foi no dia 5 de Outubro que foi assinada a Convenção de Zamora, pela qual o Reino de Leão e Castela reconheceu a independência de Portugal.
Se em alguma data se podia assinalar o nascimento do País, esta seria ela.
O segundo feriado é, como é sabido, o da restauração da independência, final do domínio filipino.
Portugal voltou a ser um país independente.
O exarcebamento que desta data foi feito no Estado Novo não lhe retira a característica fundamental e que é o seu nacionalismo, um dia intimamente nacional.
Se num dia foi o nascer de Portugal, no outro foi o seu renascer.
E, no entanto, foram mesmo estes dois dias que deixaram de ser feriado!
Cumprirei os feriados e trabalharei nos dois dias indicados; mas que isto me parece um erro político tremendo, parece-me. 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A 4L japonesa

Já não é novidade (2008) mas existe uma empresa japonesa que faz kits de 4L para o Susuki Lapin.
A parte mais parecida é a da frente, com toda a grelha (a incluir os faróis redondos e o emblema da Renault) absolutamente igual, como se pode ver pelas fotografias (tiradas daqui)
Da mesma forma os farolins e os piscas são os da mítica.
O motor tem 550 cm3 e potências de 54cv e 60cv. Isto é um avanço bem grande se tivermos em conta que a R 4 GTL tinha 1100 cm3 e a potência estrondosa de 34cv.
Na parte inferior das portas estão as barras que os últimos modelos passaram também a ter.
A parte de trás já é um bocado bem diferente daquilo que se pretende imitar. Com efeito, a porta traseira, embora seja basculante, não tem um formato completo, quero dizer, toda rectangular.
Mas mesmo assim, os farolins são quase uma réplica.
Os vidros são bem maiores.
Por último, só um pequeno pormenor.
O pisca lateral (coisa que a 4L nem sequer tinha) tem o formato do símbolo da Renault.
Tenho a ideia que a 4L nunca foi comercializada no Japão.
Este facto, por si só, mais valor dá a este kit e a Renault havia de estar orgulhosa desta homenagem.

domingo, 6 de maio de 2012

Na feira do livro

Estive em Lisboa por estes dias e aproveitei para ir à feira do livro.
Há já uns anos que não ia lá e sempre tenho ideia de ter gostado, pelo menos, do passeio.
A ideia mantém-se.
O passeio é bom, o sítio é bonito e agradável. O tempo podia estar melhor mas nem tudo tem que ser perfeito.


A vista também é bonita.
Comprei pouca coisa.
Não ia à procura de nada de especial embora houvesse uma loja que eu queria visitar e que acabei por encontrar.
Comprei três livros do Tintin, um deles a edição em facsímile do Lotus Azul com esta capa:


Comprei outro sobre os barcos que aparecem dos livros deste herói; é semelhante ao dos carros mas, parece-me, mais completo.
Por último, comprei, a pedido, um livros de receitas de bolo de chocolate.
Estava a folhear o livro e deparo-me com uma fotografia na pág. 92.


Claro que achei graça pois não esperava nada esta surpresa.
É melhor começar a comer bolos de chocolate e, se calhar, até fazê-los.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Uma fotografia

Existe um blog chamado Diário de Lisboa.
É composto só por fotografias de pessoas embora também tenha algumas de ruas de cidade, objectos, montras, etc..
Indicaram-me esse blog por causa de uma fotografia que foi publicada neste post.
Trata-se de um conjunto de fotos em contra luz, em que apenas se vêm os contornos, num entardecer em Belém.
A tal fotografia é esta:
Publico-a aqui apenas por uma singular coincidência.
A rapariga da bicicleta é minha sobrinha.
Estava a passear por aquela zona e o fotógrafo pediu-lhe para fazer esta pose. Ela concordou, claro, e o resultado é o que se vê: uma óptima fotografia de um óptimo modelo.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A arte do filme

Vi há dias, finalmente, o filme As Aventuras de Tintin. Gostei imenso.
É uma boa mistura de três histórias, é uma boa adaptação ao cinema. Claro que nada pode ser igual aos livros e achei muito bom o enredo criado. 
Porque gostei do filme, comprei o livro a seu respeito.
O livro tem aquela parte que detesto e que é habitual neste material: são todos muito amigos, deram-se todos bem, é toda uma composição de auto-elogio.
Mas tirando isto, que não era surpresa, o livro é interessante.
Mas houve duas coisinhas de que não gostei.
Indicam-se em inglês os cargos das pessoas que nele escrevem, embora no que toque ao produtor e ao director também se faça tal menção em português
Nas pp. 22-23 faz-se um resumo dos três livros que deram origem ao guião mas eles estão pela ordem errada. Isto causa estranheza atendendo à qualidade do autor (ligado à fundação Hergé) mas o certo é que em primeiro lugar deveria surgir O Carangueijo das Tenazes de Ouro, uma vez que foi neste episódio que Tintin e o Capitão se conheceram.
Também podiam saber um bocado mais sobre a criação dos livros.
Na p. 90, está o desenho acima e diz-se que é parecido com o supervisor de design e efeitos especiais da Weta, Richard Taylor. Sem dúvida.
Mas podiam (se calhar, deviam) saber que o caricaturado é Jacques Van Melkebeke, amigo, grande amigo, e colaborador de Hergé.
Mas adiante; gostei de tudo.

Por último: a Bianca Castafiore estava absolutamente divinal!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Uma paragem

Por estes dias vi no Príncipe Real, Lisboa, uma paragem de autocarros engraçada.
Tanto quanto percebi, não tinha publicidade mas apenas o desenho de uma casa.
O curioso é que tinha uma senhora sentada à espera de autocarro e o resultado dava a impressão que estava mesmo sentada à beira de sua casa, como é hábito em muito boa terra.
Não resisti e tirei a fotografia.
Como estava trânsito a passar e eu próprio estava a andar, não consegui a melhor posição (mais de frente ou mais pelo lado direito de forma a esconder o painel lateral).
Mas fica como está e eu acho que está engraçada.

terça-feira, 20 de março de 2012

Aburguesamento

Depois de 10 anos de 4L e de outros 10 anos de Kangoo, o legítimo sucessor daquela, mudei de carro.
Há 10 anos atrás, vendi a minha terceira 4L e comprei o primeiro Kangoo.
Claro que já foi um avanço enorme. Mais confortável, mais espaçoso, mais, muito mais, seguro, tinha todas as qualidades para ser um bom carro.
E foi.
Mas tem de se reconhecer que é um cubo com rodas.
Agora, comprei este:
Trata-se de um Mitsubishi Lancer 1.6 que tem agora pouco mais de um ano.
Já há tempos que andava à procura deste carro, mais especificamente, do 1.5.
Por puro acaso dei com este com menos de um ano e cerca de menos €6.000 que o preço dele novo.
Isto sim, é uma mudança radical!
Nunca tive um carro tão bom (ou devo dizer fino?), suave de conduzir, muito seguro, cheios de coisas que ainda não conheço bem. Há uma ou outra coisa que num carro destes e nos dias de hoje que ele já poderia ter mas eu estou-me nas tintas. A cavalo dado não se olha o dente e a verdade é que é um carro fantástico.

terça-feira, 6 de março de 2012

Pela Beira

No final de Janeiro fui dar uma volta por parte do distrito de Coimbra.
Apanhei frio como o diabo mas valeu a pena.
Passei por Penalva de Alva, Aldeia das Dez, Sinde, etc..
Fui a um miradouro bem bonito que se chama Varandas de Avô. Fica na Estrada Nacional 230, a seguir a Vila Pouca e antes da Ponte das Três Entradas, mesmo por cima de Avô.
Antes disto, tinha acordado, pelas 7h30m, com esta vista. É o nevoeiro próprio da manhã que sobe do rio conforme o tempo vai aquecendo.
Ao fundo, está a Serra da Estrela, particularmente, as chamadas gargantas de Loriga. 
A serra não tinha neve, claro.
Por último, ainda passei pela Capela dos Mártires, numa terra onde gosto de passar.
O tempo não dá para muito mais mas sempre se aproveitou alguma coisa.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A campa de Salazar

Fiz um curto passeio por Tábua, Oliveira do Hospital, Santa Comba Dão e Coimbra.
Em Santa Comba, fui de propósito ao Vimieiro ver a terra de Salazar e, claro, a sua campa.
Sabia que era rasa, com uma cruz e as suas iniciais (A.O.S.). Ele podia ser o que queria mas era simples, sem ostentação.
Esperava, pois, campas rasas. Algumas são (as dos familiares mais chegados), a dele não.
São estas.
A do Salazar é a que tem o acrescento, feito por um António Lopes, de Torres Novas, e autorizado, suponho eu, pela Junta de Freguesia. O António Lopes é um fervoroso admirador de Salazar mas isso não justifica que se tire à sua campa a simplicidade que ele queria.
É um horror.
Como se não bastasse aquele acrescento no topo, na parede da frente foi colocada uma laje com dizeres e fotos do ditador.
Nesta laje faz-se menção de que Salazar era o mais humilde, modesto sem igual:
Então, porque estragaram tudo?
Porque não deixaram a campa rasa e simples como ela foi querida e originalmente criada?
Fiquei chocado com o que vi, pareceu-me um contra-senso.